Passatempos:

Naquele Tempo - Nora Roberts & J.D.Robb [Opinião]


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Naquele Tempo
de Nora Roberts & J.D.Robb   

Edição/reimpressão: Abril de 2008
Editor: Chá da Cinco
Páginas: 424
ISBN: 978-972-0-04552-2

SinopseLaine Tavish é dona de uma loja de antiguidades chamada Naquele Tempo. É uma mulher discreta e vive uma vida igualmente discreta numa pequena localidade de Maryland. Pelo menos, isso é o que toda a gente pensa. Na verdade, o seu nome é Elaine O’Hara e é filha de Big Jack O’Hara, um dos mais conhecidos bandidos do seu tempo.
E o passado de Laine acaba de a encontrar... de uma forma bem dramática. O seu tio, há muito sumido, aparece de repente na sua loja, apenas para deixar um aviso misterioso antes de ser atropelado mortalmente na rua. Pouco depois, a casa dela é revirada por assaltantes. Agora cabe a Laine e a um homem deliciosamente misterioso chamado Max Gannon, descobrir quem anda atrás dela, e porquê. A resposta está num tesouro escondido, um tesouro que vai mudar não só a vida de Laine mas também a de futuras gerações.




Ponto de Vista: De volta aos livros de Nora Roberts, que neste caso também juntou a escrita de J.D.Robb, a escolha acabou por recair em Naquele Tempo não tanto por opção e mais por oportunidade.

Em Naquele Tempo encontramos uma história intrigante e perturbadora vivida entre o presente e o futuro, perpetuada por quatro gerações e duas famílias, e sobre o peso de uma herança que pode correr no sangue…

“De pai para filho, crime e ganância, (…). Havia heranças a que não se podia fugir, por mais rápido e mais longe que se corresse.”

Na primeira parte, começamos por conhecer Laine Tavish que construiu uma nova vida numa pequena cidade, afastando-se de qualquer ligação a Big Jack O’Hara, um conhecido ladrão que nunca lhe faltou com o amor de pai, mas que a encaminhava a pouco e pouco para a vida do crime.
Assim, fugindo às raízes, Laine torna-se uma excelente negociante de antiguidades, dona da loja Naquele Tempo, e é aí que, um dia, vai ser surpreendida pelo seu ‘tio’, companheiro de trapaças de O’Hara, e que de imediato não reconhece, mas o destino dele estava traçado e, este acaba por lhe morrer nos braços, ao mesmo tempo que lhe deixa uma estranha mensagem.

“Morreu em frente à loja que ela trabalhara tanto para ter, e deixara à porta as recordações todas de que ela pensara ter fugido.”

A partir daqui a vida de Laine fica virada do avesso, e tudo aquilo que ela se esforçou para deixar no passado emerge deixando-a perdida entre dúvidas e sentimentos.
Mas existe algo mais entre mãos, uma fortuna de valor excessivamente alto, que traz consigo Alex Crew um homem perigoso que não vai olhar a meios para a recuperar, e só uma pessoa poderá ajudar Laine, Max Gannon um detective que surge envolto em mistério, e que se vem a revelar em algo que Laine não esperava…

“Sentia o formigueiro, a vibração no sangue que era tanto de ter na mão a coisa alheia quanto da descoberta. Uma vez ladra, sempre ladra, pensou. Podia-se parar de roubar, mas nunca se esquecia a emoção.”

Na segunda parte desta história, estamos no ano de 2059, e conhecemos Samantha E. Gannon, neta de Laine, uma escritora catapultada para o sucesso com o livro Pedras Ardentes, baseado na história verídica dos seus avós e do seu bisavô O’Hara (vivida na primeira parte), e que se vem a mostrar um rastilho para a ganância e para a morte. E, isso levará a tenente Eve Dallas a investigar uma história do passado que ainda tem muito a revelar, ao mesmo tempo que também ela remói as suas próprias cicatrizes…

“Qualquer pessoa relacionada com um ladrão se podia achar com direito ao saque. Uma espécie de recompensa, de herança, de reembolso.”

Já sentia a falta da leveza das histórias de Nora Roberts sempre repletas de mistério e sensualidade. E, apesar de esta não ter sido a que mais me fascinou, pois gostaria que a acção da segunda parte se desenrolasse mais em torno dos descendentes de O’Hara e Alex Crew, em vez de a protagonista acabar por ser a tenente Eve Dallas, que de certa forma nos surge com um passado que desconhecemos, mesmo assim, posso dizer que apesar da primeira parte ser consideravelmente superior à segunda, fiquei com curiosidade em conhecer melhor a tenente Eve Dallas, que protagoniza a série Mortal de J.D.Robb, onde a acção é sempre vivida num futuro não assim tão longínquo e onde existe sempre crime e criminosos a descobrir, talvez seja uma leitura a agendar.
Concluindo, esta é sem dúvida uma boa oportunidade para conhecer os dois lados da autora.


Em estrelas: -4¸.•☆



Passando por outras páginas:

» A Dama NegraNora Roberts [§Opinião] 
» Uma Questão de EscolhaNora Roberts [§Opinião]
» Uma Última NoiteNora Roberts [§Opinião]

2 Responses to “Naquele Tempo - Nora Roberts & J.D.Robb [Opinião]”

  1. a minha autora favorita na classificação de Romance!
    e por acaso este livro é o próximo na minha lista:) devo começá-lo no próximo fim de semana
    boas leituras

  2. Concordo contigo em pleno! A única autora q me faz gostar verdadeiramente de romance, pq o suspense, as mortes, ajudam bastante a prender-nos aos livros, e cm cá por casa há quem já ñ passe sem ler os livros dela, decidi fazer a colecção do Chá das 5, e já está quase!...

    Cm vês nas 'opiniões', ainda ñ li mtos livros dela, e comparativamente achei q, apesar de a escrita da segunda parte da história ser da J.D.Robb e introduzir a personagem prinicipal de todos os livros da série Mortal gostaria mais q ñ se centrasse nela, mas tirando isso, ñ desiludiu cm sempre.

    E se depois quiseres deixar um coment do q achaste do livro estás à vontade, é sempre bom a partilha pq no fundo nem tds temos a msm forma de encarar determinada história.

    Obrigada por me leres e por deixares coment.
    Boas leituras p ti tb! ;)***

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