As Rosas da Morte
Edição/reimpressão: 1996
Editor: Publicações Europa-América
Páginas: 204
ISBN: 9789721041677
Coleção: Obras de Mary Higgins Clark
Páginas: 204
ISBN: 9789721041677
Coleção: Obras de Mary Higgins Clark
SinopseKerry McGrath é assistente do promotor público e famosa pela sua astúcia e inflexibilidade, de tal forma que o seu nome foi proposto ao governador do Estado como candidata a um cargo de juíza. De súbito, os seus planos são contrariados. Quando Robin, a sua filha querida, sofre um acidente de automóvel e o seu rosto fica ferido, correndo o risco de ficar desfigurada, é tratada por um famoso cirurgião plástico.
No consultório do Dr. Charles Smith, vê, pela primeira vez, uma mulher de rosto belíssimo – um rosto que lhe lembra o passado. Mais tarde, numa outra visita, vê o mesmo rosto mas noutro corpo de mulher.
Então, repentinamente, lembra-se: o rosto que aquelas mulheres partilham é o mesmo que vira nas fotografias de Susanne Reardon, a vítima de um famoso homicídio, fez anos atrás. Quando Kerry começa a fazer perguntas para esclarecer aquele mistério, torna-se evidente que ninguém quer que o caso seja reaberto – nem o seu chefe, Frank Green, candidato a governador; nem o seu ex-marido, Bob Kinnelen; nem o amigo de longa data e benfeitor, o senador Jonathan Hoover; nem, principalmente, o Dr. Smith. Um deles fará tudo para impedir a reabertura daquele caso.
Nesta história vamos encontrar uma série de questões bastante pertinentes, tais como, o facto de um pai não conseguir ultrapassar a morte de um filho a ponto de o começar a recrear, e tudo o que isso implicará, o desejo desmedido em manter as aparências, ou os interesses que podem passar simplesmente pela ascensão na carreira profissional, é sem dúvida, uma história intrincada que nos deixará perdidos e que nos fará pensar bastante em todas estas vivências.
“Ele dera-lhe uma beleza tão natural, tão assombrosa, que inspirava pavor naqueles que a enfrentavam.”
Em As Rosas da Morte começamos por conhecer Kerry McGrath, uma mulher lutadora, independente e uma conceituada advogada do Ministério Público, que ambiciona o cargo de juiz, e tudo parece estar a ir no bom caminho. Mas Robin, a sua filha de dez anos, sofre um pequeno acidente de automóvel, e com receio de que fiquem marcas no seu rosto, recorre a Dr. Charles Smith, um afamado cirurgião plástico.
E é numa das consultas de rotina de Robin, que Kerry sente uma espécie de dejá vu quando vê uma das pacientes do Dr. Smith a sair do seu consultório, uma mulher com um rosto de uma beleza invulgar, mas o mais estranho é que passado algum tempo, o mesmo acontece, só que apesar dos rostos iguais, a estatura é diferente, o que significa que só pode ser outra pessoa.
De repente, Kerry apercebe-se que este rosto que lhe parece tão familiar, é o mesmo de Susanne Reardon, a vítima de um homicídio muito comentado há já alguns anos, e intrigada com esta situação, começa a fazer perguntas e a investigar esta estranha coincidência…
Só que as barreiras que lhe são impostas surgem de todos aqueles que a rodeiam, seja a nível profissional como a nível pessoal, e apenas Geoffrey Dorso, advogado do marido de Susanne, que acabou condenado pelo crime, se manterá firme a seu lado na busca pela verdade, que se vem a revelar muito diferente daquela que parecia tão certa e que custará a vida de mais pessoas, pondo também a de Kerry e Robin em perigo.
“Suportara todos aqueles anos na prisão com a consciência da sua inocência, a sua confiança no sistema judicial americano e a crença de que um dia o pesadelo desapareceria.”
É certo que, até conseguirmos entrar na essência da história e nas várias personagens que surgem no início, e mesmo ao longo de todo o enredo, sentimo-nos um pouco perdidos, mas a pouco e pouco, e conforme nos vamos aproximando do final, todas as pontas soltas se começam a entrelaçar mostrando-nos algo verdadeiramente inesperado, e sabiamente bem construído.
Concluindo, Mary Higgins Clark é definitivamente uma excelente autora de romance policial, pois as suas histórias procuram sempre envolver o leitor nas relações e sentimentos expostos de formas extremas, deturpadas ou pela simples necessidade, e com temas bastante inquietantes, e mesmo a não existir, propriamente, uma cena do crime e uma investigação levada a cabo pela polícia, tudo isto acaba por surgir de uma forma paralela.
E, acho que posso arriscar a dizer, que podemos encontrar nas suas histórias um pouco da essência de Agatha Christie, pois a autora deixa-nos na dúvida até ao final que acaba por ser sempre surpreendente.
Já virei fã!
Em estrelas: 4¸.•☆
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