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O Recife - Nora Roberts [Opinião]


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O Recife
de Nora Roberts   

Edição/reimpressão: Outubro de 2009
Editor: Chá da Cinco
Páginas: 368
ISBN: 9789898032607

SinopseA arqueóloga marinha, Tate Beaumont, é apaixonada pela caça ao tesouro. Ao longo da vida, ela e o pai descobriram muitas riquezas fabulosas, mas há um tesouro que nunca conseguiram encontrar: a Maldição de Angelique - um amuleto com pedras preciosas, obscurecido pela lenda e manchado de sangue. Para encontrarem este artefacto precioso, os Beaumonts aceitam, hesitantemente, uma parceria com os mergulhadores Buck e Matthew Lassiter. Tate não fica feliz por partilhar o seu sonho, mas não tem alternativa.
E, à medida que os Beaumonts e os Lassiters disponibilizam recursos para localizar a Maldição de Angelique, as águas das Caraíbas adensam-se com desilusões sombrias e ameaças escondidas. A parceria entre as famílias é posta em causa quando Matthew se recusa a partilhar informação - incluindo a verdade sobre a morte misteriosa do seu pai, alguns anos antes. E conforme Tate e Matthew avançam com a sua desconfortável aliança… o perigo e o desejo ameaçam emergir.




Ponto de Vista: Mais um romance de Nora Roberts a juntar ao meu currículo de leitora, e desta vez optei por um com sabor a férias, já que o Outono começa a mostrar as suas cores.

Em O Recife somos levados para um paraíso à beira-mar em busca de um tesouro perdido mergulhado numa lenda e num mistério tão profundo como o próprio mar.

«Para Etienne e pelo nosso filho, convoco todas as energias que possuo e invoco todos os poderes que me escutam, libertando o poder dentro de mim. Que todos os que me condenaram sofram como sofri. Que todos os que me querem privar do que amo nunca conheçam a felicidade. Amaldiçoo quem me arrancar este amuleto, este último elo terreno entre mim e o meu amor. Rezo a todas as forças dos céus e dos infernos que aquele que me leve isto, o derradeiro presente de Etienne para mim, conheça a fome, a dor e a tragédia. Aquele que procurar vencer apenas perderá o que lhe for mais querido, mais precioso. O meu legado aos meus assassinos e aos que os seguirem nas gerações vindouras será um legado de dor.»
Angelique Maunoir

O que move esta história é uma lenda com séculos e a busca por um colar amaldiçoado que pertenceu a Angelique Maunoir, e ao qual sempre teve associado a morte e a ruína de muitos homens.

"Um colar de rubis e diamantes, de valor incalculável, carregado de História, obscurecido de lenda, manchado de sangue."

E é nesta busca que vamos conhecer Matthew Lancaster, um jovem ambicioso e demasiado orgulhoso, que guarda a mágoa pela perda do seu pai e, por isso, a vingança é o que o alimenta verdadeiramente. Juntamente com o seu tio Buck, mapeam o mar em busca de tesouros provenientes de barcos naufragados, e é num destes mergulhos que se cruza com Tate Beaumont, que ao contrário de Matthew, é uma sonhadora, sempre viu os tesouros perdidos pela sua história, pelo seu valor sentimental, e sendo proveniente de uma família com uma boa condição financeira, é educada e não tolera atitudes grosseiras e machistas. Por isso, a diferença entre os dois é abismal, e chocam de imediato no momento em que se conhecem. Mas uma parceria entre Buck e Raymond Beaumont, vai fazer com que os dois se tornem parceiros e tenham de conviver diariamente, e de uma relação sempre conflituosa nasce outro sentimento que ambos terão de esconder e adiar…

"As memórias do passado e a realidade do momento entrelaçadas até quase se esquecer de que houvera intervalo entre os dois tempos."

Enquanto isto, uma sombra paira sobre todos, VanDyke é a pior das maldições, a reencarnação da ganância e da loucura, um homem que se acha no direito de reclamar para si o colar de Angelique, assim como o poder nele incutido, sendo também a força motora da vingança de Matthew, e o responsável pelo caminho de todos eles.

"Ali estava o tesouro de uma vida, fama e fortuna gravadas em metal e pedras preciosas."

Um romance tão fresco como a brisa do mar e com os ingredientes certos para nos envolver cada vez mais à medida que a história vai crescendo e se tornando mais madura.
Num registo um pouco diferente dos livros que já li da autora, este foi o segundo que me conquistou verdadeiramente, não só por ser vivido no mar, mas também por mexer com o nosso imaginário na busca por um tesouro escondido num barco naufragado, e por nos fazer pensar na sua história, na mística que lhe estará intrinsecamente associada e, pelos conflitos emocionais que nunca são descurados e que nos fazem sempre querer ler mais para descobrir o que nos reserva o final.

Para quem é fã da autora e ainda não teve oportunidade de ler O Refúgio, não deve adiar mais pois vão encontrar muita aventura, conflitos e romance q.b., aos quais a Nora Robert já nos habituou, ou simplesmente para quem procura uma refrescante história que nos faça viajar por entre a beleza dos recifes e o fascinante mundo dos tesouros, este é o livro certo.
 

"Nadaram juntos, unidos pelo amor pelo mar, pelo silêncio, pelas cores."

Em estrelas: -5¸.•☆


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Naquele Tempo - Nora Roberts & J.D.Robb [Opinião]


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Naquele Tempo
de Nora Roberts & J.D.Robb   

Edição/reimpressão: Abril de 2008
Editor: Chá da Cinco
Páginas: 424
ISBN: 978-972-0-04552-2

SinopseLaine Tavish é dona de uma loja de antiguidades chamada Naquele Tempo. É uma mulher discreta e vive uma vida igualmente discreta numa pequena localidade de Maryland. Pelo menos, isso é o que toda a gente pensa. Na verdade, o seu nome é Elaine O’Hara e é filha de Big Jack O’Hara, um dos mais conhecidos bandidos do seu tempo.
E o passado de Laine acaba de a encontrar... de uma forma bem dramática. O seu tio, há muito sumido, aparece de repente na sua loja, apenas para deixar um aviso misterioso antes de ser atropelado mortalmente na rua. Pouco depois, a casa dela é revirada por assaltantes. Agora cabe a Laine e a um homem deliciosamente misterioso chamado Max Gannon, descobrir quem anda atrás dela, e porquê. A resposta está num tesouro escondido, um tesouro que vai mudar não só a vida de Laine mas também a de futuras gerações.




Ponto de Vista: De volta aos livros de Nora Roberts, que neste caso também juntou a escrita de J.D.Robb, a escolha acabou por recair em Naquele Tempo não tanto por opção e mais por oportunidade.

Em Naquele Tempo encontramos uma história intrigante e perturbadora vivida entre o presente e o futuro, perpetuada por quatro gerações e duas famílias, e sobre o peso de uma herança que pode correr no sangue…

“De pai para filho, crime e ganância, (…). Havia heranças a que não se podia fugir, por mais rápido e mais longe que se corresse.”

Na primeira parte, começamos por conhecer Laine Tavish que construiu uma nova vida numa pequena cidade, afastando-se de qualquer ligação a Big Jack O’Hara, um conhecido ladrão que nunca lhe faltou com o amor de pai, mas que a encaminhava a pouco e pouco para a vida do crime.
Assim, fugindo às raízes, Laine torna-se uma excelente negociante de antiguidades, dona da loja Naquele Tempo, e é aí que, um dia, vai ser surpreendida pelo seu ‘tio’, companheiro de trapaças de O’Hara, e que de imediato não reconhece, mas o destino dele estava traçado e, este acaba por lhe morrer nos braços, ao mesmo tempo que lhe deixa uma estranha mensagem.

“Morreu em frente à loja que ela trabalhara tanto para ter, e deixara à porta as recordações todas de que ela pensara ter fugido.”

A partir daqui a vida de Laine fica virada do avesso, e tudo aquilo que ela se esforçou para deixar no passado emerge deixando-a perdida entre dúvidas e sentimentos.
Mas existe algo mais entre mãos, uma fortuna de valor excessivamente alto, que traz consigo Alex Crew um homem perigoso que não vai olhar a meios para a recuperar, e só uma pessoa poderá ajudar Laine, Max Gannon um detective que surge envolto em mistério, e que se vem a revelar em algo que Laine não esperava…

“Sentia o formigueiro, a vibração no sangue que era tanto de ter na mão a coisa alheia quanto da descoberta. Uma vez ladra, sempre ladra, pensou. Podia-se parar de roubar, mas nunca se esquecia a emoção.”

Na segunda parte desta história, estamos no ano de 2059, e conhecemos Samantha E. Gannon, neta de Laine, uma escritora catapultada para o sucesso com o livro Pedras Ardentes, baseado na história verídica dos seus avós e do seu bisavô O’Hara (vivida na primeira parte), e que se vem a mostrar um rastilho para a ganância e para a morte. E, isso levará a tenente Eve Dallas a investigar uma história do passado que ainda tem muito a revelar, ao mesmo tempo que também ela remói as suas próprias cicatrizes…

“Qualquer pessoa relacionada com um ladrão se podia achar com direito ao saque. Uma espécie de recompensa, de herança, de reembolso.”

Já sentia a falta da leveza das histórias de Nora Roberts sempre repletas de mistério e sensualidade. E, apesar de esta não ter sido a que mais me fascinou, pois gostaria que a acção da segunda parte se desenrolasse mais em torno dos descendentes de O’Hara e Alex Crew, em vez de a protagonista acabar por ser a tenente Eve Dallas, que de certa forma nos surge com um passado que desconhecemos, mesmo assim, posso dizer que apesar da primeira parte ser consideravelmente superior à segunda, fiquei com curiosidade em conhecer melhor a tenente Eve Dallas, que protagoniza a série Mortal de J.D.Robb, onde a acção é sempre vivida num futuro não assim tão longínquo e onde existe sempre crime e criminosos a descobrir, talvez seja uma leitura a agendar.
Concluindo, esta é sem dúvida uma boa oportunidade para conhecer os dois lados da autora.


Em estrelas: -4¸.•☆



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Balanço das Leituras de 2010...


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Bom, quando um ano termina é quase inevitável não fazer uma retrospectiva de tudo aquilo que vivemos, incluindo as experiências vividas entre páginas.

Este ano, pude constatar que a nível de leituras foi o mais produtivo, pois consegui no pouco tempo que tenho disponível ler 18 livros, sei que para muitos companheiros destas viagens este número é insignificante, mas para mim já é uma grande conquista, e infelizmente nem todos nós temos a mesma velocidade de assimilar palavras e nem sempre devemos ver um livro pelo número de páginas ou por mais um a acrescentar à estatística.


"É pobre a leitura a que só se faz para saber como termina um livro."
- Charles C. Colton -

Para mim, um livro é muito mais do que isso, é um companheiro que sempre tem um conselho para me dar, é um objecto que me transmite emoções e que guardo com carinho, que gosto de tocar e observar… e talvez por me perder nestes pequenos pormenores deixo passar as horas que podia ter para o ler, mas não me importo, tenho plena consciência de que não viverei anos suficientes para ler todos os livros que gostaria e, por isso, a contemplação dá-me de certa forma algum consolo.

No meu pensamento, o que define uma boa história é o final e, eu gosto de finais felizes! Se chegamos ao fim, e não há nada que possamos tirar da história então de que vale tanto esforço nosso e dos personagens se não conseguem alcançar aquilo porque ambicionam!? Por isso, quando termino de ler um livro, gosto que ele me deixe algo em que pensar e que me deixe saudade por saber que terminou, e tendo em conta os meus princípios decidi eleger dentro de cada um dos géneros que li em 2010 os livros que mais me marcaram.

§  Romance Histórico
Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.A Rosa Rebelde foi, sem margem para dúvidas, o livro que mais me marcou! Por ser a história (baseada em factos verídicos) de uma mulher que se destacou pela bravura e coragem num mundo de homens, por me fazer sentir uma imensidão de emoções discrepantes e por me despertar o desejo de conhecer a Escócia.

E, apesar das perdas sentidas ao longo da história e das cenas cruéis que envolviam as batalhas, o final compensa por tudo isso.

Adjectivando: Tocante!


§  Romance
O ar estava frio quando a Dra. Miranda Jones chegou a casa depois de uma longa semana de trabalho. Mas o seu sangue gelou quando sentiu encostarem-lhe uma faca ao pescoço. Depois de roubaram tudo o que trazia, os assaltantes desapareceram.
Profundamente abalada, Miranda decide esquecer aquela experiência assustadora. E, para isso, nada como aceitar o convite para ir a Itália confirmar a autenticidade de A Dama Negra, um bronze renascentista representando uma cortesã dos Medici.
Mas, em vez de cimentar a sua posição como a maior perita mundial nesse campo, a viagem a Itália destrói-lhe a reputação. Sentindo-se alvo de uma cilada, Miranda está decidida a limpar o seu nome. Mas ninguém parece disposta a ajudá-la... com a excepção de Ryan Boldari, um sedutor ladrão de arte, cujos objectivos são obscuros.
Agora torna-se evidente que o assalto à porta de sua casa foi muito mais do que isso... e que a Dama Negra possui tantos segredos quanto a cortesã que a inspirou. Com a ajuda de um homem em quem não deve confiar mas por quem sente uma atracção intoxicante, o futuro de Miranda parece repleto de traições, mentiras e perigos mortais.
A Dama Negra levou-me a descobrir Nora Roberts, uma autora já com uma vasta obra literária dentro do género, e que tem a capacidade de despertar os nossos sentimentos. Até mesmo eu que não me considero muito dada a romances fiquei rendida!

Nesta história senti uma grande afinidade com a personagem principal, alguém que sempre colocou a carreira profissional em primeiro plano e, que por inveja e maldade dos outros vê ser destruída, e num acaso da vida enquanto busca pela reposição da verdade encontra o amor. O final era o que também eu desejava.

Adjectivando: Compensador.


§  Policial
Numa charneca do Derbyshire assolada pela chuva, os cães de um grupo de caçadores encontram o cadáver de um homem bem vestido, cujo crânio fora esmagado. Chamados a investigar a descoberta, os detectives Diane Fry e Ben Cooper envolvem-se no submundo da caca e daqueles que a detestam, do roubo de cavalos e de um sector pouco conhecido do comércio de came. A medida que Fry segue um trilho complexo para desvendar os interesses duvidosos da vitima, Cooper apercebe-se de que a explicação do caso pode estar enterrada no passado. Mas quando a ultima pista é revelada, Fry e Cooper vêem-se obrigados a encarar a realidade perturbadora de um passado bem mais recente.O Toque da Morte deu-me a conhecer um autor que desconhecia por completo dentro do género policial - Stephen Booth, e que se revelou (para mim) um nome a ter em conta.

Anteriormente a este livro já foram publicados outros sequenciais que poderão ajudar a entender o percurso das personagens principais, mas mesmo assim a história em si é independente das outras. E, esta não se prende só com o homicídio, existem outros valores que são destacados ao longo da história, como a frieza e ausência de sentimentos para com os animais, a capacidade que um ser humano tem para tirar a vida de alguém e o saber dar de nós em prol dos outros.

Adjectivando: Humano.


§  Ficção/Thriller
Universidade de Princeton. Um geneticista famoso morre num laboratório biológico de alta segurança. Em Roma, um arqueólogo do Vaticano é encontrado morto na Basílica de São Pedro. Em África, o filho de um senador americano é morto num acampamento da Cruz Vermelha. Três assassinatos em três continentes têm uma ligação terrível: todas as vítimas estão marcadas por uma cruz pagã druida, queimada na sua carne.
Os bizarros assassinatos conduzem o comandante Gray Pierce e a Força Sigma numa corrida contra o tempo para resolver um enigma que remonta a muitos séculos atrás, a um crime medonho contra a humanidade escondido num códice críptico medieval. A primeira peça do puzzle é descoberta num cadáver mumificado, enterrado num pântano inglês, um segredo horrível que ameaça a América e o mundo.
Ajudado por duas mulheres de seu passado - uma, a sua ex-amante, a outra, a sua nova parceira - Gray tem de reunir todas as peças de uma terrível verdade. Mas as revelações têm um custo elevado e, para salvar o futuro, Pierce terá que sacrificar uma das mulheres ao seu lado. Isso por si só pode não ser suficiente, à medida que o verdadeiro caminho para a salvação vai sendo revelado numa sombria profecia da maldição.
A Força Sigma enfrenta a maior ameaça que a Humanidade já conheceu, numa aventura que vai desde o Coliseu romano aos picos gelados da Noruega, a partir das ruínas de mosteiros medievais aos túmulos perdidos de reis Celtas. O último dos pesadelos é trancado dentro de um talismã enterrado por um santo morto - um artefacto antigo conhecido como a chave do Juízo Final.
Este género pode englobar vários livros que li e que receberam a minha nota positiva, mas opto por um que também podia constar no género policial mas pelo rumo da história penso que seja mais correcto colocá-lo aqui.

Falo de A Chave Maldita de James Rollins, um autor que já conhecia de nome há algum tempo e que sempre me despertou bastante curiosidade por construir as suas histórias com base em factos reais (particularidade que aprecio bastante), felizmente tive oportunidade de ler o seu último livro e digo que é uma história e tanto! Porque nos faz pensar em assuntos bastante controversos e actuais como um bem essencial à vida – a alimentação. E, depois a juntar a isso temos personagens cheias de personalidade, as mais variadas paisagens e motivações, e muita acção.

Adjectivando: Estrondoso!


§  Não-Ficção/Ensaio
Não costumo ler muitos livros que se inserem neste grupo, apesar de os achar importantes para o nosso enriquecimento pessoal e para olharmos para determinados temas com outros olhos.

E, os dois livros que li parecem-me ter valor suficiente para os destacar:

José Maria Abecasis Soares fundou a Associação Ice Care em 2009, reunindo uma equipa de profissionais - um especialista em montanha, um engenheiro do ambiente e uma meteorologista.
Este projecto definiu-se em torno de dois objectivos principais: primeiro, dar visibilidade mediática às consequências do aquecimento global sobre o degelo dos glaciares, através de expedições aos cinco glaciares classificados como património mundial e que a Unesco identificou como os mais severamente afectados pelas alterações climáticas (Jungfrau-Aletsch na Suíça, Quilimanjaro na Tanzânia, Huascarán no Peru, Ilulissat na Gronelândia e o Sagarmatha no Nepal); segundo, trabalhar se com as populações locais, que carecem de apoio e de preparação para minimizar o impacto do recuo dos gelos.
O autor deixa-nos ainda as suas impressões sobre as duas primeiras expedições realizadas em 2009, ao Aletsch, nos Alpes suíços e, nesse mesmo ano, ao Quilimanjaro.

Horizontes em Branco leva-nos a ver o problema do aquecimento global mais a fundo, mostrando-nos quais as implicações disso na nossa vida e na vida daqueles que já estão a sofrer com as suas consequências directas.
É importante mostrar ao mundo a fragilidade de todo planeta e o papel que cada um de nós pode desempenhar na preservação da vida.

Adjectivando: Factual.


Este não é mais um livro sobre a investigação do desaparecimento de Madeleine McCann. Este é o livro do investigador principal do processo, que foi atacado e vilipendiado quando se encontrava apenas em busca da verdade e da justiça. Ninguém, à excepção dos pais de Maddie, sabe tão bem o que se passou naquela noite fatídica de 3 de Maio de 2007. Gonçalo Amaral escreve na perspectiva da investigação por si conduzida e tem uma forte preocupação factual e de objectividade. Além disso, o livro contém revelações originais e esclarece muitos dos mais controversos aspectos do caso. O texto está apoiado por infogramas e fotografias que facilitam a compreensão do leitor e ilustram os passos da investigação e da conclusão obtida - por mais terrível que a mesma seja: Maddie está morta desde o dia do seu desaparecimento.
Para o autor do livro, Madeleine Beth McCann é a principal preocupação - é ela a vítima, e são as vítimas que têm de ser defendidas pela polícia e perseguidos os culpados do seu sofrimento. Tendo-lhe sido impossibilitado solucionar o caso, devido ao seu afastamento, quando se encontrava eminente a recolha de testemunhos vitais, preferiu abandonar a vida policial activa e retomar a liberdade de expressão não só para lavar a honra das calúnias que sobre si foram lançadas, mas para ajudar a que o caso não caia no esquecimento e a que, mais tarde ou mais cedo, o processo seja reaberto e feita justiça.


Maddie: A verdade da mentira é um livro envolto em muita polémica e, sinceramente, acho que não há assim tantos motivos para isso, é certo que o assunto retratado é bastante delicado mas nada mais. Fico satisfeita por saber que ele brevemente vai estar disponível para quem se sentir impulsionado a ler, e digo desde já que é um livro bastante simples que não fala só do caso em si, fala também daquilo que cada um de nós significa no mundo.

Adjectivando: Sincero.

Acho que qualquer um destes livros é uma boa escolha para passar umas horas em boa companhia. Quanto a mim, resta-me aguardar para ver quais serão as minhas escolhas para o final de 2011...
Até lá, Boas Leituras!...

Uma última noite – Nora Roberts


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Uma Última Noite (E-book)
de Nora Roberts

Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 147
Editor: Chá das Cinco

Para ler este e-book basta clicar na imagem.




Ponto de Vista: Esta foi mais uma leitura para as horas mortas, e porque Nora Roberts parece ter-se tornado uma constante nos meus dias.

Nesta história não há crimes, nem roubos, nem perseguições, esta é uma verdadeira história de e sobre Amor, desde o mais puro e ingénuo como o de uma criança, ao mais difícil e doloroso como o de um adulto.
Para além de outras personagens, tudo gira à volta de três nomes Kasey Wyatt, antropóloga, Jordan Taylor, escritor de renome e Alison Taylor, a criança que cruza a relação dos dois primeiros.
Kasey chega à mansão de Jordan de forma exuberante e descontraída, para o ajudar no seu último livro, de forma a dar uma versão mais verídica dos factos, e ao mesmo tempo, ela consegue quebrar com a monotonia vivida naquela casa e na vida de todos os que lá vivem. Cheia de atitude e muita emotividade aproxima-se de Alison, uma criança de onze anos órfã, que se vê a viver a vida de um adulto pela forma rígida que a avó, Beatrice, lhe impõe. É nesta empatia gerada entre as duas, já que Kasey também passou pelo mesmo trauma, que Alison se entrega a ela e a toda a alegria que Kasey representa a partir daí na sua vida.

“Não há nada como o amor de uma criança. As crianças não impõem condições às suas emoções. Dão simplesmente. Têm uma pureza que perdemos quando crescemos.”

E no meio desta cumplicidade entre as duas, surge também uma grande atracção entre Kasey e Jordan, ele no topo da sua classe e elegância, e ela na sua forma descontraída de encarar todas as situações. Mas o amor é mais forte que tudo o resto, e apesar de Kasey saber que a passagem por aquela casa era temporária, foi atingida por ele como nunca tinha sido antes. Só que para além de Jordan se mostrar com reservas em relação a ela, Beatrice não aceita mais nenhum tipo de relacionamento entre os dois, e a partir daqui a vida de Kasey vai sofrer muitas reviravoltas…

“Ser‑se amado é fácil. Amar é que é difícil.”

Uma história pura de sentimentos, em que felizmente e apesar de algum sofrimento infligido pelo meio termina com uma agradável surpresa!... Aconselhado a quem é fã de Nora Roberts e a quem valoriza o sentimento acima de tudo!


Em estrelas: 4¸.•☆

Uma questão de escolha – Nora Roberts [Opinião]


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Uma Questão de Escolha (E-book)
de Nora Roberts

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 160
Editor: Chá das Cinco

Para ler este e-book basta clicar na imagem.




Ponto de Vista: A leitura deste “livro” foi uma escolha para as horas mortas, porque não sou grande apreciadora de e-books, mas em relação a este livro não havia grandes alternativas, e o que aconteceu foi que mais uma vez Nora Roberts me conseguiu seduzir com grande subtileza…

É uma pequena história tendo em conta a maioria dos seus livros, mas repleta de muita sensualidade e acção q.b. como de costume.
Envolvendo poucos personagens, o que para mim será sempre um ponto a favor, a história centra-se no contrabando de antiguidades envolvendo a conceituada loja de Jessica Winslow, filha de um juiz conhecido por ser um homem justo e recto nos seus valores e afilhada do comissário Dodson, que não aceita que Jessica esteja envolvida nesta situação e, por isso, decide enviar uma pessoa da sua confiança para que nada de mal lhe aconteça até que tudo se resolva. Essa pessoa é James Sladerman, um polícia por obrigação, que só pensava no dia em que poderia dedicar-se ao que realmente gostava de fazer – escrever.
Nesta sua nova missão, de ama-seca de uma menina rica e mimada, ele vai ser surpreendido de muitas formas, e Jessica vai perceber que, apesar de ver a vida em risco, esta pode ser preenchida de muitas outras sensações que até então desconhecia.
O resto fica por descobrir nas breves 160 páginas deste e-book…

E, para concluir, só posso dizer que à semelhança de muitas outras pessoas, já virei fã da escrita de Nora, porque os seus livros não são romances no verdadeiro sentido da palavra, sem dúvida, que os sentimentos comandam toda a história, mas ao mesmo tempo consegue fazer um enredo para além disso, envolvendo o leitor num misto de erotismo e curiosidade que se vai criando em conjunto com os personagens até ao suspiro do final.

 
Em estrelas: 4¸.•☆

A Dama Negra – Nora Roberts [Opinião]


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A Dama Negra
de Nora Roberts
A história de uma mulher, de uma estátua antiga e de uma paixão que atravessa os tempos.

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 416
Editor: Edições Chá das Cinco
ISBN: 9789898032188

SinopseO ar estava frio quando a Dra. Miranda Jones chegou a casa depois de uma longa semana de trabalho. Mas o seu sangue gelou quando sentiu encostarem-lhe uma faca ao pescoço. Depois de roubarem tudo o que trazia, os assaltantes desapareceram.
Profundamente abalada, Miranda decide esquecer aquela experiência assustadora. E, para isso, nada como aceitar o convite para ir a Itália confirmar a autenticidade de A Dama Negra, um bronze renascentista representando uma cortesã dos Medici.
Mas, em vez de cimentar a sua posição como a maior perita mundial nesse campo, a viagem a Itália quase que lhe destrói a reputação. Sentindo-se alvo de uma cilada, Miranda está decidida a limpar o seu nome. Mas ninguém parece disposta a ajudá-la... com a excepção de Ryan Boldari, um sedutor ladrão de arte cujos objectivos são obscuros...
Agora torna-se evidente que o assalto à porta de sua casa foi muito mais do que isso e que A Dama Negra possui tantos segredos quanto a cortesã que a inspirou. Com a ajuda de um homem em quem não deve confiar mas por quem sente uma atracção intoxicante, a solução para todo este enigma parece repleto de traições, mentiras e perigos mortais.




Ponto de Vista: A leitura deste livro começou por uma mera curiosidade em ler alguma coisa de Nora Roberts, e como o aconselhado por quem é grande apreciador da sua escrita era mesmo “A Dama Negra”, pensei, bom vamos ler o excerto e ver se tenho vontade de comprar o livro.
E o que aconteceu foi que tive mesmo de o comprar porque tudo precisa de ter um fim para se poder tirar conclusões.

Bom, estamos perante um Romance, e isso parece que se está a tornar mais constante nas minhas leituras do que o que deveria ser normal, já que os policiais para mim são tudo, mas acho que em relação a este livro tenho de abrir uma excepção, porque conseguiu cativar-me, talvez por Miranda ter muitas características com as quais me identifico e por ser uma história em que a mulher tem o papel principal (o que também é de valor ).

É uma história cheia de emoções, que apela até aquilo que nos é mais íntimo, e que nos mostra o quão vulnerável podemos ser quando nos sentimos perdidos e desamparados por aqueles que deviam ser os primeiros a amarem-nos. Miranda Jones, personagem principal, vê a sua carreira comprometida quando surgem em público os resultados do seu estudo (ainda incompleto) numa estátua de bronze encontrada em Itália, denominada a Dama Negra, resultados esses que só deveriam ser revelados quando tudo estivesse concluído, mas é o que não vem a acontecer, sendo obrigada a afastar-se do projecto o que lhe fere o orgulho por achar que estava certa nas suas conclusões e por nem a sua mãe, mentora do projecto, ficar ao seu lado.
Quando tenta voltar com a sua vida à normalidade, é lhe roubado um bronze do Instituto que é responsável em conjunto com o seu irmão Andrew, e a partir daqui a sua vida fica completamente virada do avesso, já que tudo isto só faz com que a situação em Itália ainda fique mais viva na sua cabeça.
Acaba por ter um encontro inesperado com o ladrão do bronze, que se revela ser alguém que ela já conhecia e por quem já tinha sentido uma forte atracção, e isto só acontece porque o bronze era falso e ele queria de alguma forma reivindicar aquilo que achava que era seu por direito, a partir daqui gera-se então uma espécie de aliança, por um lado Miranda quer a sua reputação de volta e provar a sua credibilidade na autenticação de peças de arte e por outro lado Ryan quer ver o seu esforço recompensado, já que este seria o seu último assalto e ficou em prejuízo. Esta aliança também vai dar origem a uma espécie de relação de amor-ódio e que nos surpreende em quase todas as páginas, pela intensidade de todos os actos!...
O final, para mim, não foi totalmente surpresa, mas acho que é merecedor para Miranda, e no fundo também era o que eu queria que acontecesse…

Gostei muito, mesmo muito, acho que tendo em conta o número de páginas, nunca li um livro tão rápido! E talvez este livro seja um dos poucos que terei vontade de reler daqui a uns anos, é estranho quando nos parece que existem semelhanças demais entre nós e o livro, é desconcertante esse sentimento que nos deixa quando terminamos de ler mais umas páginas e ficamos com mil coisas na cabeça!... Para além de que, quando um livro é realmente bom, e quando o fechamos pela última vez fica, em parte, uma ponta de tristeza por saber que a história terminou e que a partir dali o espaço que ele vai ocupar vai ser apenas o da prateleira…

Em estrelas: 5¸.•☆

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