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Mil Noites de Paixão - Madeline Hunter [Opinião]


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"Uma mistura electrizante de História, romance e intriga, este livro é uma prova do enorme talento de Madeline Hunter."
.Publishers Weekly.


Mil Noites de Paixão
Ian de Guilford é um sedutor implacável. Lady Reyna é uma mulher pura e íntegra. Juntos, são como a água e o vinho, o ódio e a paixão...
de Madeline Hunter   

Edição/reimpressão: Janeiro de 2012
Editor: Asa
Páginas: 336
ISBN: 978-989-23-1672-7

SinopseEles não têm absolutamente nada em comum. Lady Reyna é uma mulher virtuosa e erudita, que preferia morrer a quebrar uma promessa ou voto. Ian de Guilford é um sensual mercenário, um cavaleiro errante cujo temperamento fogoso lhe valeu a alcunha de Senhor das Mil Noites. Ela não conhecia a sua fama quando, fazendo-se passar por cortesã, transpôs as linhas inimigas com um plano desesperado para salvar o seu povo. Agora que está frente a frente com o guerreiro a cujos encantos, diz-se, é impossível resistir, Reyna apercebe-se de que subestimou o seu inimigo. Ele está decidido a tudo para subjugar a sua virtude. A bem do seu povo, ela não pode ceder... e a sua audácia leva-a a fazer algo com que nunca sonhou: pôr em jogo o seu coração.



Ponto de Vista: Esta é a minha tardia primeira leitura de 2012, mas posso adiantar, que foi uma feliz escolha e igualmente uma feliz descoberta no que diz respeito à autora, para além de ter regressado ficcionalmente à minha estimada Escócia.

Mil Noites de Paixão é a história de um homem e de uma mulher separados e, igualmente, unidos pela guerra entre a Inglaterra e a Escócia. Em 1357, vivem-se conturbados anos de conflito, em que ingleses procuram reivindicar para si as terras da Escócia, denotando-se uma enorme fragilidade entre os clãs.

“Ele era o inimigo, um estranho, e ela odiava-o, mas algo dentro dela ignorava isto.”

Reyna quer salvar o seu povo e, para isso, engendra um plano para eliminar o comandante do exército que há meses tenta penetrar as barreiras do castelo, faz-se passar por cortesã acreditando ser capaz de ludibriar Ian de Guilford, mas tudo sai ao contrário do que ela tinha imaginado, e ingenuamente acaba por fazer com que o castelo seja tomado pelo inimigo.
Mas Ian, longe do que todos podiam julgar, demostra ser um homem de palavra e valores, mesmo perante a postura altiva de Reyna que nem subjugada como prisioneira de guerra se curva àquele que dizem ser o Senhor das Mil Noites.

“A ideia de se ver unido a ela enchia-o de uma alegria estranha e um temor peculiar.”

A relação dos dois é bastante conturbada, se por um lado Ian se recusa a ver a sua reputação de eterno sedutor manchada por uma mulher que tanto o irrita como atrai, Reyna vê nele a única possibilidade de fugir a um destino trágico pela acusação que recai sobre ela, acabando assim numa aliança de interesses, só que como esposa Reyna tem obrigações às quais não poderá fugir…
E, o que a princípio poderia ser uma necessidade de sobrevivência passa a ser uma necessidade do coração, o amor que nascerá entre Ian e Reyna será mais profundo que qualquer segredo ou passado que pese sobre cada um, restando, aos dois, confiarem o seu destino um ao outro, e reporem a verdade e a justiça numa história que tem muito para revelar.

“O amor e o medo eram os dois lados de uma moeda transparente – impossível ver um lado sem que o outro interferisse na visão.”

À medida que vamos avançando no número de páginas todo o enredo se vai intensificando, e tornando a leitura mais ávida, pois existem mistérios que precisam ser desvendados para entendermos acontecimentos e atitudes, ao mesmo tempo que acompanhamos um amor tímido que surge no meio de uma guerra e por entre um turbilhão de sentimentos vivido por dois protagonistas fascinantes, Reyna, sem dúvida uma mulher inigualável no que respeita ao seu carácter, corajosa, inteligente, justa, que luta pelo seu povo acima de tudo e todos, os adjectivos para a descreverem seriam imensos, mas Ian, não é menos encantador no seu papel de sedutor, pois atrás do guerreiro que é, esconde-se um companheiro para a vida, capaz de abdicar de tudo por amor.

“Uma mulher admirável, forte, astuta e verdadeira. Ele conhecera poucos homens que se lhe comparassem, em mente e espírito.”

Madeline Hunter possui uma escrita que nos aprisiona e encanta, e com habilidade torna subtil até as partes mais ousadas, as personagens que cria são fortes e ricas, e tem o cuidado de contextualizar o enredo na época fazendo referência a alguns aspectos históricos, tudo junto, torna a história simplesmente num doce que não conseguiremos largar até ao fim.

Um perfeito romance feminino que não desiludirá nem os seguidores de Madeline Hunter, nem quem aprecia romances históricos com um toque sensual.


Em estrelas: +4¸.•☆



Passando por outras páginas...

Aposta Indecente - Matilda Wright [Opinião]


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Aposta Indecente
Ela ensinou-lhe que a vida não é um jogo...
de Matilda Wright     

Edição/reimpressão: Outubro de 2011
Colecção: Tiara
Editor: Livros d'Hoje
Páginas: 240
ISBN: 9789722047760

SinopseParis, 1854. Um dos homens mais ricos de França, o marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo, festas, caçadas, palácios…
Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort.
A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se…
Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens.
Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.



Ponto de Vista: Aposta Indecente é um título enganador, pois aparentemente poderemos pensar que vamos encontrar um romance com pormenores mais apimentados vivido por um triângulo amoroso, mas desenganem-se…

Vive-se em pleno século XIX, em Paris, onde as festas, o glamour, as aparências e a posição social ditam a sociedade actual.
E o marquês Louis de Villeclaire caracteriza na perfeição o homem da época, um bon vivant que pelo seu título e pela fortuna que possui, não faz mais do que aproveitar todos os luxos que a vida lhe pode proporcionar, sendo também um dos partidos mais desejados para qualquer jovem solteira, ou não…


“Louis de Villeclaire olhava poucas vezes para o futuro, vivia o hoje como se fosse o último dia da sua vida, sem se preocupar com nada a não ser o seu prazer.”

Dado a noitadas com os amigos, entre copos e mulheres, faz uma aposta que mudará a sua vida e a de Catherine Duvernois, que apenas desejava viver longe da miséria e do homem repugnante com quem se viu obrigada a casar.
Mas Blanche de Belfort, uma jovem que aparenta ser quem não é, vem trocar as voltas ao marquês de Villeclaire, conseguindo arrebatar o eterno solteiro de Paris para um casamento que estava longe de ser conjecturado.

Agora será Louis de Villeclaire tão generoso a ponto de amparar uma jovem viúva que nada mais tem que dívidas? E, principalmente, conseguirá fugir a um casamento indesejado?
Muita coisa ainda está para ser desvendada, onde nem tudo o que parece é, e só quando a vida nos põe à prova somos capazes de mostrar aquilo que realmente somos.


“Mas nada seria como estava planeado, porque tal como Louis de Villeclaire, também o destino gostava de apostar e, tal como o marquês, também o destino quase sempre ganhava.”

Uma pequena história onde não faltam personagens femininas e masculinas, e a par com as principais outras se juntam para desempenhar um papel fundamental no desenrolar de todo o enredo, e com as quais simpatizamos, ou nem tanto.
Catherine Duvernois destaca-se pela sua coragem e força de carácter, apesar de não ter tido uma vida feliz, e vai encontrar na condessa de Thievenaz, uma mulher com a sabedoria de uma vida, uma grande aliada contra os intentos de Louis.
Já Louis de Villeclaire, pela forma como está caracterizado, é o tipo de homem, que apesar do seu charme, de quem sentimos uma certa repulsa pois utiliza as mulheres apenas para o seu bel-prazer sem nutrir por elas qualquer sentimento, algo que virá de certa forma a ser justificado.


“As mulheres eram como os gamos e as lebres que caçava nas suas terras do Vale do Loire, que o entusiasmavam durante o breve tempo em que cavalgava no seu encalço, e logo o desinteressavam, quando tombavam sob um tiro certeiro.”

Matilda Wright mostra que afinal os seus receios não tinham razão de ser ao dar a conhecer os seus textos até agora escondidos numa gaveta, pois soube construir personagens ricas envolvidas por uma série de mal entendidos e nutridas por sentimentos verdadeiros.

Aposta Indecente é uma doce história que se saboreia sem pressa, que nos mostra hábitos e costumes de uma época em que a nobreza sobressai pela sua sumptuosidade, e em que conhecemos Paris repleta de brilho e beleza. Um romance enternecedor vivido por príncipes, duquesas, marqueses e condessas que não deixará indiferente quem o ler.




Em estrelas: 4¸.•☆



A Autora:
  • Matilda Wright nasceu em Londres, em 1968. Estudou Literatura Inglesa em Cambridge e vive com o marido na região de Cúmbria, no Norte de Inglaterra, onde criam cavalos. Têm quatro filhos que, de vez em quando, também vivem lá em casa.
  •  Aposta Indecente, agora editado pela Livros d’Hoje, é o primeiro dos seus romances a ser publicado, dos muitos que tem escrito desde os seus tempos de Universidade, sem nunca os ter mostrado a nenhum editor.

Passatempo - "Tabu" de Jess Michaels [Quinta Essência]


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A partir de hoje e até dia 17 de Abril às 23:59h, o Clorofórmio do Espírito em parceria com a Quinta Essência, irá sortear UM exemplar de Tabu de Jess Michaels, autora apelidada de «estrela do romance sensual», e o seu trabalho descrito como «demasiado quente para largar».


«Jess Michaels superou-se novamente! Este livro vai atrair os leitores desde a primeira página e não os largará até à sua conclusão maravilhosa. É uma leitura obrigatória para os fãs de romance histórico sensual.»
Romantic Times 

Assim, para se poderem habilitar a receber em casa o exemplar gentilmente cedido pela Quinta Essência, basta responder e seleccionar as respostas correctas às 4 questões colocadas no formulário.


As respostas poderão ser encontradas aqui.


Boa sorte!


Nota:
» Só será aceite uma participação por pessoa/e-mail e para residentes em Portugal Continental e Ilhas.
» Os resultados serão depois publicados no blog e, posteriormente, serão contactados por e-mail os vencedores do passatempo para disponibilizarem os restantes dados necessários ao envio do livro.
» É importante que CONFIRMEM O E-MAIL com frequência porque é a minha ÚNICA forma de contacto com os vencedores e, ao fim de uma semana, se não obtiver resposta, serei obrigada a sortear outra pessoa.

Balanço das Leituras de 2010...


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Bom, quando um ano termina é quase inevitável não fazer uma retrospectiva de tudo aquilo que vivemos, incluindo as experiências vividas entre páginas.

Este ano, pude constatar que a nível de leituras foi o mais produtivo, pois consegui no pouco tempo que tenho disponível ler 18 livros, sei que para muitos companheiros destas viagens este número é insignificante, mas para mim já é uma grande conquista, e infelizmente nem todos nós temos a mesma velocidade de assimilar palavras e nem sempre devemos ver um livro pelo número de páginas ou por mais um a acrescentar à estatística.


"É pobre a leitura a que só se faz para saber como termina um livro."
- Charles C. Colton -

Para mim, um livro é muito mais do que isso, é um companheiro que sempre tem um conselho para me dar, é um objecto que me transmite emoções e que guardo com carinho, que gosto de tocar e observar… e talvez por me perder nestes pequenos pormenores deixo passar as horas que podia ter para o ler, mas não me importo, tenho plena consciência de que não viverei anos suficientes para ler todos os livros que gostaria e, por isso, a contemplação dá-me de certa forma algum consolo.

No meu pensamento, o que define uma boa história é o final e, eu gosto de finais felizes! Se chegamos ao fim, e não há nada que possamos tirar da história então de que vale tanto esforço nosso e dos personagens se não conseguem alcançar aquilo porque ambicionam!? Por isso, quando termino de ler um livro, gosto que ele me deixe algo em que pensar e que me deixe saudade por saber que terminou, e tendo em conta os meus princípios decidi eleger dentro de cada um dos géneros que li em 2010 os livros que mais me marcaram.

§  Romance Histórico
Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.A Rosa Rebelde foi, sem margem para dúvidas, o livro que mais me marcou! Por ser a história (baseada em factos verídicos) de uma mulher que se destacou pela bravura e coragem num mundo de homens, por me fazer sentir uma imensidão de emoções discrepantes e por me despertar o desejo de conhecer a Escócia.

E, apesar das perdas sentidas ao longo da história e das cenas cruéis que envolviam as batalhas, o final compensa por tudo isso.

Adjectivando: Tocante!


§  Romance
O ar estava frio quando a Dra. Miranda Jones chegou a casa depois de uma longa semana de trabalho. Mas o seu sangue gelou quando sentiu encostarem-lhe uma faca ao pescoço. Depois de roubaram tudo o que trazia, os assaltantes desapareceram.
Profundamente abalada, Miranda decide esquecer aquela experiência assustadora. E, para isso, nada como aceitar o convite para ir a Itália confirmar a autenticidade de A Dama Negra, um bronze renascentista representando uma cortesã dos Medici.
Mas, em vez de cimentar a sua posição como a maior perita mundial nesse campo, a viagem a Itália destrói-lhe a reputação. Sentindo-se alvo de uma cilada, Miranda está decidida a limpar o seu nome. Mas ninguém parece disposta a ajudá-la... com a excepção de Ryan Boldari, um sedutor ladrão de arte, cujos objectivos são obscuros.
Agora torna-se evidente que o assalto à porta de sua casa foi muito mais do que isso... e que a Dama Negra possui tantos segredos quanto a cortesã que a inspirou. Com a ajuda de um homem em quem não deve confiar mas por quem sente uma atracção intoxicante, o futuro de Miranda parece repleto de traições, mentiras e perigos mortais.
A Dama Negra levou-me a descobrir Nora Roberts, uma autora já com uma vasta obra literária dentro do género, e que tem a capacidade de despertar os nossos sentimentos. Até mesmo eu que não me considero muito dada a romances fiquei rendida!

Nesta história senti uma grande afinidade com a personagem principal, alguém que sempre colocou a carreira profissional em primeiro plano e, que por inveja e maldade dos outros vê ser destruída, e num acaso da vida enquanto busca pela reposição da verdade encontra o amor. O final era o que também eu desejava.

Adjectivando: Compensador.


§  Policial
Numa charneca do Derbyshire assolada pela chuva, os cães de um grupo de caçadores encontram o cadáver de um homem bem vestido, cujo crânio fora esmagado. Chamados a investigar a descoberta, os detectives Diane Fry e Ben Cooper envolvem-se no submundo da caca e daqueles que a detestam, do roubo de cavalos e de um sector pouco conhecido do comércio de came. A medida que Fry segue um trilho complexo para desvendar os interesses duvidosos da vitima, Cooper apercebe-se de que a explicação do caso pode estar enterrada no passado. Mas quando a ultima pista é revelada, Fry e Cooper vêem-se obrigados a encarar a realidade perturbadora de um passado bem mais recente.O Toque da Morte deu-me a conhecer um autor que desconhecia por completo dentro do género policial - Stephen Booth, e que se revelou (para mim) um nome a ter em conta.

Anteriormente a este livro já foram publicados outros sequenciais que poderão ajudar a entender o percurso das personagens principais, mas mesmo assim a história em si é independente das outras. E, esta não se prende só com o homicídio, existem outros valores que são destacados ao longo da história, como a frieza e ausência de sentimentos para com os animais, a capacidade que um ser humano tem para tirar a vida de alguém e o saber dar de nós em prol dos outros.

Adjectivando: Humano.


§  Ficção/Thriller
Universidade de Princeton. Um geneticista famoso morre num laboratório biológico de alta segurança. Em Roma, um arqueólogo do Vaticano é encontrado morto na Basílica de São Pedro. Em África, o filho de um senador americano é morto num acampamento da Cruz Vermelha. Três assassinatos em três continentes têm uma ligação terrível: todas as vítimas estão marcadas por uma cruz pagã druida, queimada na sua carne.
Os bizarros assassinatos conduzem o comandante Gray Pierce e a Força Sigma numa corrida contra o tempo para resolver um enigma que remonta a muitos séculos atrás, a um crime medonho contra a humanidade escondido num códice críptico medieval. A primeira peça do puzzle é descoberta num cadáver mumificado, enterrado num pântano inglês, um segredo horrível que ameaça a América e o mundo.
Ajudado por duas mulheres de seu passado - uma, a sua ex-amante, a outra, a sua nova parceira - Gray tem de reunir todas as peças de uma terrível verdade. Mas as revelações têm um custo elevado e, para salvar o futuro, Pierce terá que sacrificar uma das mulheres ao seu lado. Isso por si só pode não ser suficiente, à medida que o verdadeiro caminho para a salvação vai sendo revelado numa sombria profecia da maldição.
A Força Sigma enfrenta a maior ameaça que a Humanidade já conheceu, numa aventura que vai desde o Coliseu romano aos picos gelados da Noruega, a partir das ruínas de mosteiros medievais aos túmulos perdidos de reis Celtas. O último dos pesadelos é trancado dentro de um talismã enterrado por um santo morto - um artefacto antigo conhecido como a chave do Juízo Final.
Este género pode englobar vários livros que li e que receberam a minha nota positiva, mas opto por um que também podia constar no género policial mas pelo rumo da história penso que seja mais correcto colocá-lo aqui.

Falo de A Chave Maldita de James Rollins, um autor que já conhecia de nome há algum tempo e que sempre me despertou bastante curiosidade por construir as suas histórias com base em factos reais (particularidade que aprecio bastante), felizmente tive oportunidade de ler o seu último livro e digo que é uma história e tanto! Porque nos faz pensar em assuntos bastante controversos e actuais como um bem essencial à vida – a alimentação. E, depois a juntar a isso temos personagens cheias de personalidade, as mais variadas paisagens e motivações, e muita acção.

Adjectivando: Estrondoso!


§  Não-Ficção/Ensaio
Não costumo ler muitos livros que se inserem neste grupo, apesar de os achar importantes para o nosso enriquecimento pessoal e para olharmos para determinados temas com outros olhos.

E, os dois livros que li parecem-me ter valor suficiente para os destacar:

José Maria Abecasis Soares fundou a Associação Ice Care em 2009, reunindo uma equipa de profissionais - um especialista em montanha, um engenheiro do ambiente e uma meteorologista.
Este projecto definiu-se em torno de dois objectivos principais: primeiro, dar visibilidade mediática às consequências do aquecimento global sobre o degelo dos glaciares, através de expedições aos cinco glaciares classificados como património mundial e que a Unesco identificou como os mais severamente afectados pelas alterações climáticas (Jungfrau-Aletsch na Suíça, Quilimanjaro na Tanzânia, Huascarán no Peru, Ilulissat na Gronelândia e o Sagarmatha no Nepal); segundo, trabalhar se com as populações locais, que carecem de apoio e de preparação para minimizar o impacto do recuo dos gelos.
O autor deixa-nos ainda as suas impressões sobre as duas primeiras expedições realizadas em 2009, ao Aletsch, nos Alpes suíços e, nesse mesmo ano, ao Quilimanjaro.

Horizontes em Branco leva-nos a ver o problema do aquecimento global mais a fundo, mostrando-nos quais as implicações disso na nossa vida e na vida daqueles que já estão a sofrer com as suas consequências directas.
É importante mostrar ao mundo a fragilidade de todo planeta e o papel que cada um de nós pode desempenhar na preservação da vida.

Adjectivando: Factual.


Este não é mais um livro sobre a investigação do desaparecimento de Madeleine McCann. Este é o livro do investigador principal do processo, que foi atacado e vilipendiado quando se encontrava apenas em busca da verdade e da justiça. Ninguém, à excepção dos pais de Maddie, sabe tão bem o que se passou naquela noite fatídica de 3 de Maio de 2007. Gonçalo Amaral escreve na perspectiva da investigação por si conduzida e tem uma forte preocupação factual e de objectividade. Além disso, o livro contém revelações originais e esclarece muitos dos mais controversos aspectos do caso. O texto está apoiado por infogramas e fotografias que facilitam a compreensão do leitor e ilustram os passos da investigação e da conclusão obtida - por mais terrível que a mesma seja: Maddie está morta desde o dia do seu desaparecimento.
Para o autor do livro, Madeleine Beth McCann é a principal preocupação - é ela a vítima, e são as vítimas que têm de ser defendidas pela polícia e perseguidos os culpados do seu sofrimento. Tendo-lhe sido impossibilitado solucionar o caso, devido ao seu afastamento, quando se encontrava eminente a recolha de testemunhos vitais, preferiu abandonar a vida policial activa e retomar a liberdade de expressão não só para lavar a honra das calúnias que sobre si foram lançadas, mas para ajudar a que o caso não caia no esquecimento e a que, mais tarde ou mais cedo, o processo seja reaberto e feita justiça.


Maddie: A verdade da mentira é um livro envolto em muita polémica e, sinceramente, acho que não há assim tantos motivos para isso, é certo que o assunto retratado é bastante delicado mas nada mais. Fico satisfeita por saber que ele brevemente vai estar disponível para quem se sentir impulsionado a ler, e digo desde já que é um livro bastante simples que não fala só do caso em si, fala também daquilo que cada um de nós significa no mundo.

Adjectivando: Sincero.

Acho que qualquer um destes livros é uma boa escolha para passar umas horas em boa companhia. Quanto a mim, resta-me aguardar para ver quais serão as minhas escolhas para o final de 2011...
Até lá, Boas Leituras!...

A Rosa Rebelde - Janet Paisley [Opinião]


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A Rosa Rebelde
de Janet Paisley
«Um romance histórico empolgante e poderoso com uma heroína bela e enérgica.» | Financial Times

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 384
Editor: Bizâncio
ISBN: 9789725304211
Colecção: Ilhas Encantadas

SinopseNuma época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.


Ponto de Vista: Bom, este livro é especial, para mim, em muitos sentidos!... Por ter sido o primeiro livro sorteado no Clorofórmio do Espírito, por ter uma capa lindíssima e cheia de significado e, por conter em si a história de uma mulher magnifica, com uma coragem que se sobrepôs à de muitos homens e que amou com a mesma intensidade um país, uma causa, uma família, um homem...

“Homens e mulheres fazem a história juntos, cooperando entre si para manter a sociedade que criam, seja ela qual for.”

A história da Coronela Anne Farquharson é baseada numa pesquisa histórica bem construída pela autora, e a escrita é tão fiel que muitas vezes acreditamos estar a viver tudo com a mesma intensidade dos personagens.
O livro retrata um período da história da Escócia em que a guerra civil britânica dividiu um povo, mostrando costumes e formas de pensar e viver que se afastavam por completo da maioria dos países da Europa, para mim mostrou-me e deu-me a conhecer algo que desconhecia por completo, e fez-me sentir até uma pontada de inveja pela evolução de mentalidades e, principalmente, pela forma como as mulheres eram vistas no século XVIII.

Nas Terras Altas da Escócia a sociedade construía-se por meio de Clãs (e muitas vezes me senti perdida entre eles), Anne filha de um chefe, nasce rebelde e assim permanece durante toda a sua existência, é uma jovem com uma beleza invulgar e com um carácter peculiar, e apesar de sentir um carinho muito especial por Alexander MacGillivray, amigo de toda a vida, casa com Anneas McIntosh, também ele chefe de um Clã e, é a partir deste momento que se sente a mudança na história.
O que une Anne e Anneas é um amor inquieto e fogoso, separado pela guerra entre a União e a Liberdade.

“O que os unia parecia duro como ferro, incontornável, soldado pela fúria.”

Para proteger o seu clã, Anneas vê-se obrigado a aceitar comandar as tropas pela União com a Inglaterra, e Anne ao se sentir preterida por ele não ter escutado a sua opinião (já que as mulheres tinham muitas vezes a última palavra) e sem entender o porquê de tal atitude, junta os clãs com a ajuda de MacGillivray e segue em luta pela liberdade do seu país e contra o seu marido. O amor é posto em causa e a amizade, essa prevalece até depois da morte.
São muitas as personagens que fazem esta história, e todas elas cruciais para justificar motivações e entender a diferença que existe em cada um.

É uma história feita de mal-entendidos, de muita dor e perda, há momentos em que nos sentimos angustiados e mesmo agoniados pela forma tão crua como tudo é descrito, sentimos a tristeza que nos invade em muitas páginas, mas também sentimos um arrepio na pele quando surge o desejo e a paixão vividos com extrema intensidade.
Não existem palavras suficientes para descrever este livro, esta história que nos marca profundamente, que nos mostra o quanto as mentalidades são retrógradas e mesquinhas e, nos faz entender que o amor só pode ser construído pelo respeito e pela liberdade de cada um.
Numa palavra: MARAVILHOSO!

Em estrelas: 5¸.•☆


Para saber um pouco mais sobre a Escócia:

Sepulcro – Kate Mosse [Opinião]


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Sepulcro
As cartas podem mudar o seu destino.
de Kate Mosse

Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 656
Editor: Livros D´Hoje
ISBN: 9789722040648

SinopseMeredith Martin chega a Domaine de la Cade para fazer uma pesquisa para a biografia de Claude Debussy. Mas tem o desejo de descobrir as origens da sua família, que remontam à região. As únicas chaves que tem são a velha partitura de piano, as fotos antigas que a sua mãe lhe deixou e as cartas em que nunca acreditou. De imediato é cativada pela trágica história da casa, que se diz ser assombrada, e pelo destino de Léonie Vernier - uma jovem que em 1981 rumou a Domaine de la Cade com o seu irmão e que em 1987, no dia de Todos-os-Santos, desaparece sem deixar vestígios. Nessa mesma noite, numa pequena aldeia do vale, um sacerdote idoso e recluso é brutalmente assassinado. As únicas ligações entre os dois acontecimentos são a música fantasmagórica que paira no ar nos antigos bosques da montanha e a carta de tarot colocada na mão do morto: a carta XV, O Diabo. Os assassinos nunca foram julgados e o corpo de Léonie nunca apareceu. Quando Meredith vê um antigo túmulo escondido dentro do recinto e ouve a música fantasmagórica que ecoa durante a noite, percebe que a história das cartas está longe de estar morta e enterrada. Contra a sua vontade, vê-se numa corrida contra o tempo, tanto para encontrar o tarot de Vernier como para solucionar o antigo mistério do desaparecimento de Léonie, sem se tornar ela própria a mais recente vítima.




Ponto de Vista: Não sei se já vos aconteceu alguma vez, mas a mim acontece-me com alguma frequência ser chamada por um livro, e Sepulcro foi um desses livros…

Apesar de ser uma história que começa de uma forma funesta, esta consegue automaticamente transportar-nos para Paris, numa época em que a sociedade se dividia entre ricos e pobres, entre o brilho e o glamour e a escuridão e o desencanto.
Envolvendo-nos completamente na vida de Léonie, uma jovem de dezassete anos cheia de energia e personalidade, Anatole, seu irmão mais velho e o responsável pela casa e Marguerite Vernier, a mãe dos dois, uma mulher sofrida mas admirável pela sua beleza, que lhe valia algumas regalias, uma família do século XIX envolta em mistérios, que passarão a ser vividos em Domaine de la Cade, uma propriedade de família e que será palco de toda a história.
Ao mesmo tempo e vivido quase um século, encontramos Meredith Martin, uma académica de 28 anos que vê numa pesquisa para completar a biografia de Claude Debussy uma forma de também ela descobrir as suas próprias raízes, partindo assim para França numa busca muito mais pessoal que profissional.

A história divide-se em duas partes, como duas histórias paralelas que constantemente se entrelaçam e nos fazem querer passar rapidamente de uma para outra de forma a saber qual o desfecho de tudo.

“Coisas a deslizarem entre o passado e o presente.”

Tanto Léonie como Meredith são duas mulheres lutadoras e fortes que procuram o seu objectivo, sendo que a primeira quer desbravar segredos e percebe que existem muitas outras coisas que simplesmente não se explicam, como um baralho de cartas de tarot capaz de mudar o rumo da vida daqueles que se vêem envolvidos nele e um sepulcro habitado por medos e sons, enquanto Meredith, céptica, precisa de um fundamento em tudo, e quando por um acaso lhe é dado a conhecer a sua vida através de um baralho de cartas semelhante, ela vê-se obrigada a mudar o rumo da sua própria história. São elas que se cruzam entre o passado e o presente, mostrando que a vida tem estranhas coincidências e que, aparentemente, existe uma máquina que simplesmente faz acontecer.
Outras personagens surgem tanto numa altura como noutra, como um novelo que faz o enredo e nos fazem perder de ansiedade e urgência pelas 656 páginas deste livro, que para mim tem muito mais do que aquilo que posso deixar aqui escrito.

Resumidamente, é uma história cheia de suspense e sofrimento vivido em duas alturas diferentes, mas todo o mistério em volta de uma partitura de piano, uma fotografia antiga, um baralho de cartas de tarot e um sepulcro levam-nos a querer um pouco mais, e quando terminei a leitura deste livro fiquei com essa mesma sensação.
É um livro muito bem construído, consistente, que me fez relembrar o meu enferrujado francês e que se tornou, para mim, numa leitura quase compulsiva, acho que para quem aprecia os temas tem aqui uma história que irá ocupar umas horas bem passadas na busca de certezas, tal como todas as personagens envolvidas.

Em estrelas: 4{

Passatempo - "A Rosa Rebelde" de Janet Paisley


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Hoje sinto uma grande satisfação por estar pela primeira vez a sortear um livro no meu blog!
E não podia começar em melhor dia, já que hoje o Clorofórmio do Espírito faz 3 meses, dia que somado também dá 3 (2+1), e serão 3 exemplares de “A Rosa Rebelde” para sortear!... Uma extraordinária história que destaca a bravura de uma mulher que irá lutar como os melhores guerreiros por amor às suas convicções e ao seu país.
Assim, para poderem ser contemplados com um destes exemplares gentilmente cedidos pela Bizâncio, basta seleccionarem as respostas correctas às 3 questões colocadas no formulário.


O passatempo irá terminar no próximo Domingo dia 25 de Julho às 23:59h e os resultados serão depois publicados no blog e, posteriormente, serão contactados por e-mail os vencedores do passatempo para disponibilizarem os restantes dados necessários ao envio do livro.

As respostas poderão ser encontradas no site da editora. Boa sorte!

O Passatempo já terminou!!



Nota:
» Só será aceite uma participação por pessoa/e-mail e para residentes em Portugal.

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