Passatempos:

Fetiche - Tara Moss [Opinião]


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«Moss é meticulosa a descrever os procedimentos de investigação, granjeando muitos elogios pela autenticidade dos seus policiais... Ela é bem capaz de se tornar numa das autoras mais bem-sucedidas no género.»
.World Literature Today.




Fetiche
de Tara Moss    

Edição/reimpressão: 2010
Editor: Porto Editora
Páginas: 320
ISBN: 978-972-0-04101-2
Colecção: Alta Tensão

SinopseMakedde Vanderwall é estudante de Psicologia Forense e, nas horas vagas, modelo internacional. Contactada pela agência para realizar alguns trabalhos de moda e relançar a sua carreira, viaja até Sydney, aproveitando a oportunidade para visitar a sua melhor amiga, Catherine Gerber. Mas as passarelas e as intrigas do mundo da moda depressa perdem importância quando Mak tropeça literalmente no corpo mutilado da amiga. Catherine é a mais recente vítima do «assassino dos stilettos», um homicida cruel que sequestra as suas presas e as tortura, para em seguida as matar. Incapaz de se afastar da investigação, Mak ver-se-á enredada num mortífero jogo do gato e do rato, longe de saber que ela própria se tornou na obsessão de um sádico psicopata...



Ponto de Vista: Uma leitura ainda de 2011, mas quando peguei neste livro andava sequiosa de um verdadeiro policial com crimes, descrições macabras, investigações, polícias, assassinos, futuras vítimas, etc, etc…
E decidi investir no único género que me atrai verdadeiramente e que me faz contar as horas para pegar no livro novamente, e posso dizer que desta vez acertei na escolha.

“Como um grande predador, os seus movimentos eram pausados, lentos, sem nada que pudesse alarmar a presa até ao momento do ataque.”

Fetiche conduz-nos para uma história arrepiante que nos dá a conhecer a mente doentia de um sádico psicopata que viola, mutila e mata por puro deleite.

Quando aceita a proposta de uma agência para ir até Sydney, Makedde Vanderwall, uma estudante de Psicologia Forense que tenta ganhar o seu sustento como modelo, só pensa em encontrar a sua melhor amiga Catherine Gerber, mas está longe de imaginar aquilo que realmente a espera. Pois, para seu horror, irá encontrar o corpo de Catherine completamente mutilado em plena sessão fotográfica, algo que tem vindo a ocorrer com alguma frequência.

“Nunca tinha visto um cadáver que parecesse, que cheirasse, tão violentamente, tão horrivelmente a morte como a rapariga que descobrira no dia anterior.”

O choque inicial toma conta de Mak, mas o seu lado policial, tanto pela sua formação como por ser filha de um inspector da polícia, apela por ela acabando por se envolver na investigação mais do que devia…
E a proximidade com Andy Flynn, o responsável pela investigação, não vem ajudar nenhum dos dois, já que este acaba mesmo por ser afastado do caso.
Mas Andy tem um passado obscuro, será ele realmente uma pessoa de confiança?

“No entanto, o assassínio de Catherine Gerber oferecia poucas pistas, mas, em contrapartida, suscitava muitas questões.”

Desafiando o perigo, Mak tenta a todo o custo encontrar pistas que possam levar ao homicida apelidado de «assassino dos stilettos», só que é ela é que está na sua mira como a próxima vítima, a perfeita.
Agora como será ela capaz de fugir das mãos deste assassino cruel e obcecado? E quem será ele, afinal?

“A linha entre pesadelo e realidade tornara-se incrivelmente ténue.”

Esta foi uma leitura compulsiva de três dias, coisa que não é nada normal acontecer-me, tal não foi o envolvimento que senti com a história!...
É certo que as personagens não são isentas de pequenas falhas tanto de personalidade como de atitude, mas conseguiram ser apelativas o suficiente para me deixar com vontade de as conhecer melhor.
Fetiche prende-nos de imediato no suspense inicial de quem poderá ser o serial killer e na sua obsessão, e depois o desespero de Mak em descobrir um culpado e, o caso fortuito com Andy que acaba por dar uma ligeireza à história, completa um enredo com substância, apenas senti que algumas partes ficam soltas apesar de subentendidas, talvez isso se venha a revelar um pouco mais à frente…

Tara Moss é apelidada de Agatha Christie de saltos altos, e na minha opinião acho que lhe assenta muito bem, mesmo sendo Agatha uma autora única e insubstituível na arte de nos enredar e de nos deixar perdidos pelos possíveis culpados do crime, Tara dá-nos uma perspectiva mais crua e directa mas bastante envolvente e com boa argumentação.
Dessa forma, esta foi para mim, uma das melhores leituras de 2011, e apesar de o tema abordado ser de certa forma comum no que diz respeito a policiais, acredito que este não vai desiludir quem é apreciador do género.
Posteriormente, apenas, tal como eu, terá de aguardar pela publicação dos livros seguintes da autora pois a história não termina aqui e o tormento para Mak, ao contrário do que ela esperaria, irá continuar!… 



Em estrelas: -5¸.•☆


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