Passatempos:

A Dama Negra – Nora Roberts [Opinião]


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A Dama Negra
de Nora Roberts
A história de uma mulher, de uma estátua antiga e de uma paixão que atravessa os tempos.

Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 416
Editor: Edições Chá das Cinco
ISBN: 9789898032188

SinopseO ar estava frio quando a Dra. Miranda Jones chegou a casa depois de uma longa semana de trabalho. Mas o seu sangue gelou quando sentiu encostarem-lhe uma faca ao pescoço. Depois de roubarem tudo o que trazia, os assaltantes desapareceram.
Profundamente abalada, Miranda decide esquecer aquela experiência assustadora. E, para isso, nada como aceitar o convite para ir a Itália confirmar a autenticidade de A Dama Negra, um bronze renascentista representando uma cortesã dos Medici.
Mas, em vez de cimentar a sua posição como a maior perita mundial nesse campo, a viagem a Itália quase que lhe destrói a reputação. Sentindo-se alvo de uma cilada, Miranda está decidida a limpar o seu nome. Mas ninguém parece disposta a ajudá-la... com a excepção de Ryan Boldari, um sedutor ladrão de arte cujos objectivos são obscuros...
Agora torna-se evidente que o assalto à porta de sua casa foi muito mais do que isso e que A Dama Negra possui tantos segredos quanto a cortesã que a inspirou. Com a ajuda de um homem em quem não deve confiar mas por quem sente uma atracção intoxicante, a solução para todo este enigma parece repleto de traições, mentiras e perigos mortais.




Ponto de Vista: A leitura deste livro começou por uma mera curiosidade em ler alguma coisa de Nora Roberts, e como o aconselhado por quem é grande apreciador da sua escrita era mesmo “A Dama Negra”, pensei, bom vamos ler o excerto e ver se tenho vontade de comprar o livro.
E o que aconteceu foi que tive mesmo de o comprar porque tudo precisa de ter um fim para se poder tirar conclusões.

Bom, estamos perante um Romance, e isso parece que se está a tornar mais constante nas minhas leituras do que o que deveria ser normal, já que os policiais para mim são tudo, mas acho que em relação a este livro tenho de abrir uma excepção, porque conseguiu cativar-me, talvez por Miranda ter muitas características com as quais me identifico e por ser uma história em que a mulher tem o papel principal (o que também é de valor ).

É uma história cheia de emoções, que apela até aquilo que nos é mais íntimo, e que nos mostra o quão vulnerável podemos ser quando nos sentimos perdidos e desamparados por aqueles que deviam ser os primeiros a amarem-nos. Miranda Jones, personagem principal, vê a sua carreira comprometida quando surgem em público os resultados do seu estudo (ainda incompleto) numa estátua de bronze encontrada em Itália, denominada a Dama Negra, resultados esses que só deveriam ser revelados quando tudo estivesse concluído, mas é o que não vem a acontecer, sendo obrigada a afastar-se do projecto o que lhe fere o orgulho por achar que estava certa nas suas conclusões e por nem a sua mãe, mentora do projecto, ficar ao seu lado.
Quando tenta voltar com a sua vida à normalidade, é lhe roubado um bronze do Instituto que é responsável em conjunto com o seu irmão Andrew, e a partir daqui a sua vida fica completamente virada do avesso, já que tudo isto só faz com que a situação em Itália ainda fique mais viva na sua cabeça.
Acaba por ter um encontro inesperado com o ladrão do bronze, que se revela ser alguém que ela já conhecia e por quem já tinha sentido uma forte atracção, e isto só acontece porque o bronze era falso e ele queria de alguma forma reivindicar aquilo que achava que era seu por direito, a partir daqui gera-se então uma espécie de aliança, por um lado Miranda quer a sua reputação de volta e provar a sua credibilidade na autenticação de peças de arte e por outro lado Ryan quer ver o seu esforço recompensado, já que este seria o seu último assalto e ficou em prejuízo. Esta aliança também vai dar origem a uma espécie de relação de amor-ódio e que nos surpreende em quase todas as páginas, pela intensidade de todos os actos!...
O final, para mim, não foi totalmente surpresa, mas acho que é merecedor para Miranda, e no fundo também era o que eu queria que acontecesse…

Gostei muito, mesmo muito, acho que tendo em conta o número de páginas, nunca li um livro tão rápido! E talvez este livro seja um dos poucos que terei vontade de reler daqui a uns anos, é estranho quando nos parece que existem semelhanças demais entre nós e o livro, é desconcertante esse sentimento que nos deixa quando terminamos de ler mais umas páginas e ficamos com mil coisas na cabeça!... Para além de que, quando um livro é realmente bom, e quando o fechamos pela última vez fica, em parte, uma ponta de tristeza por saber que a história terminou e que a partir dali o espaço que ele vai ocupar vai ser apenas o da prateleira…

Em estrelas: 5¸.•☆

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