Passatempos:

Como Ser Solteira - Liz Tuccillo [Opinião]


.


Como Ser Solteira
de Liz Tuccillo 

Edição/reimpressão: Janeiro de 2011
Editor: Editorial Presença
Páginas: 384
ISBN: 9789722344814
Colecção: Champanhe e Morangos

SinopseJulie Jenson tem 38 anos, vive em Nova Iorque, é agente publicitária numa editora e está solteira há exactamente seis anos. Tal como muitas outras mulheres, Julie não consegue deixar de se questionar: porque é que qualquer homem, mesmo careca e entediante, consegue arranjar uma namorada, e ela e as amigas, que são atraentes, divertidas e inteligentes, continuam solteiras? Com o objectivo de resolver este mistério, Julie percorre o mundo para tentar saber como as suas congéneres noutros países lidam com o seu estado civil. De Paris ao Rio de Janeiro, de Pequim a Roma, Julie apaixona-se, vê o mundo e aprende a redefinir a sua visão do amor e da realização pessoal.


Ponto de Vista: Como ultimamente as minhas leituras andaram sempre à volta dos policiais, achei por bem desanuviar um pouco e ler algo que se distanciasse por completo deste género, e nada melhor que um romance bastante feminino!...

Como Ser Solteira poderia ser considerado como uma espécie de livro de auto-ajuda para mulheres que se vêem nesta condição, mas não… Muito ao estilo da série e dos filmes de “O Sexo e a Cidade”, encontramos uma história hilariante, cheia de encontros e desencontros com a vida, o amor, a amizade, o que ambicionamos para o futuro e tantas outras coisas que constituem a essência do ser humano.

“Uma das melhores coisas sobre o facto de sermos solteiras é que podemos dizer sim à vida tantas vezes quantas as que nos apetecer.”

Uma história contada pelo olhar de Julie Jenson, uma agente publicitária com trinta e oito anos que está cansada da vida que leva e decide, a determinada altura, que está na hora de também ela seguir algo que ambiciona (como escrever um livro) e que a poderá ajudar a entender melhor a sua condição de solteira, partindo pelo mundo fora em busca de respostas para perguntas incertas.
A tudo isto, junta-se um grupo de amigas que pouco têm em comum, senão o facto de todas elas estarem na casa dos trinta, serem solteiras e de se conhecerem porque Julie decide reuni-las a todas para uma saída à noite.

“Mas conhecer um grupo de mulheres que acabam por ficar a viver na mesma cidade, que continuam amigas e que partilham os momentos mais íntimos das suas vidas é uma circunstância rara, maravilhosa e definitivamente algo por que ansiar ou pelo menos algo a assistir na televisão.”

Assim, encontramos a Georgia, uma mãe de família que se vê de repente trocada pelo marido por uma mulher mais jovem e a passar pela má experiência de um divórcio, Ruby, uma sofredora no que toca a relacionamentos sejam eles amorosos ou afectivos, que chora a morte do seu gato como uma perda irreparável e que deseja a partir de certa altura que só um filho lhe pode aplacar todos estes desgostos, depois temos a Serena que vive noutro plano, entregue à meditação e ao vegetarianismo, aceita a sua condição de solteira e espera poder apenas ajudar os outros a ver tudo pelo lado mais espiritual, por fim resta-nos a Alice, uma advogada que abandona a profissão para se dedicar única e exclusivamente aos encontros na esperança desenfreada de encontrar o amor da sua vida. São mulheres bonitas, elegantes, bem-sucedidas na sua vida profissional, e que por isso não conseguem aceitar o facto de ainda serem solteiras!...

“Temos os nossos empregos, os nossos amigos e as nossas paixões; as nossas igrejas, os nossos ginásios e, no entanto, não conseguimos escapar à nossa necessidade essencial e natural de queremos ser amados e de nos sentirmos próximas de outro ser humano.”

Enquanto Julie viaja pelo mundo e aprende que cada país com a sua cultura encara o facto de uma mulher ser solteira das formas mais diversas, descobre o amor com um homem casado que nunca lhe poderá proporcionar a vida que ela ambiciona, também as suas amigas passam pelas mais variadas situações criando expectativas e passando por agruras.
E, no final, todas elas chegam à mesma conclusão: é preciso ter a capacidade de, realmente, conseguirmos amar-nos a nós próprias, e perceber que, afinal, ninguém está sozinho nesta vida.

“Percebeu naquele instante mais do que percebera em toda a sua vida, que só vale a pena se arriscarmos tudo, se amarmos apaixonadamente e se nos dedicarmos ao mundo(…).”

Liz Tucillo, com mestria faz girar as palavras pelo nosso pensamento, num livro que nos toca, emociona e faz sorrir, que nos faz ver o amor de muitas outras formas assim como a própria vida, por isso, para quem gosta da série/filme “O Sexo e a Cidade”, esta é uma história que também não pode perder!...

Em estrelas: 4{

A visitar:

Your Reply

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Ouvindo...

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.5 Generic License