de Abbie Taylor
Edição/reimpressão: Outubro de 2010
Editor: Editorial Presença
Páginas: 320
ISBN: 978-972-23-4444-9
Colecção: Grandes Narrativas
Colecção: Grandes Narrativas
SinopseQuando as portas da carruagem do metro se fecharam, separando o pequeno Ritchie, de treze meses, da sua jovem mãe, começava para Emma o pior pesadelo de toda a sua vida - ver o seu bebé ser levado sem conseguir fazer nada para o impedir. E quando tenta convencer a polícia de que Ritchie foi raptado, Emma só encontra incompreensão e suspeita, vendo-se obrigada a encetar uma investigação por conta própria. Romance de estreia da autora, Num Breve Fechar de Olhos oferece-nos uma narrativa de grande intensidade dramática, realismo e suspense.
Ponto de Vista: Num Breve Fechar de Olhos é um daqueles livros que chega ao âmago da nossa alma e que nos prende de imediato logo nas primeiras páginas porque o desespero e angústia de uma mãe sozinha no mundo, que se vê sem o seu bem mais precioso – o filho, é tão grande que também o nosso coração palpita por sermos meros espectadores e nada podermos fazer para a ajudar nesta busca desenfreada contra tudo e todos.
Emma é uma jovem universitária que partilha casa com uma amiga e vive a alegria dos seus 20 anos. Numa saída à noite de amigas conhece um rapaz que a fascina e por quem se apaixona, acabam por ter um curto relacionamento pois a sua antiga namorada volta e ele decide terminar tudo com Emma.
“Não nos esquecemos das pessoas assim do pé para a mão, só porque elas querem que isso aconteça.”
Ela tenta esquecê-lo, mas passados alguns meses percebe que está grávida, e mesmo não tendo apoio de Oliver, nem família a quem recorrer porque já perdera a única que tinha – a mãe, decide avançar com a gravidez porque é tudo o que lhe resta de um amor impossível. E, ainda antes de ter a criança vê-se sozinha e desamparada até pela amiga, acabando por ir viver para uma casa num bairro social dias antes de dar à luz Ritchie. Quando isso acontece, isola-se por completo do mundo e vive apenas para o filho e para as tarefas de casa, esquecendo-se até de si própria.
“Fora tão fácil, mas tão fácil, afastar-se das pessoas que em tempos se havia pensado serem muito importantes. E tão, mas tão difícil substituí-las.”
Um ano passa, e a sua vida tende a piorar pois as preocupações que a assolam são muitas… E é num dia normal de compras que de repente, num breve fechar de olhos, Emma se vê sem o seu filho Ritchie, a partir daqui a sua vida dá uma volta completa e tudo o que ela tinha desaparece como se só para ela alguma vez tivesse existido. Apenas irá haver uma pessoa que vai acreditar nela incondicionalmente, e será a única capaz de trazer Ritchie de volta para os braços da mãe, e essa pessoa é Rafe, a única testemunha de tudo e o verdadeiro herói da história.
“Emma queria falar, mas o que tinha para dizer era demasiado grande, inchava dentro dela, dilatando-se para fora até que os seus seios se tocaram. Eu estou aqui, disse ela, e a mensagem passou directamente do seu coração para o dele. Estamos os dois aqui.”
O final é compensador, e apesar de alguns de nós desejarmos mais para estes três personagens, penso que a autora deixou que cada leitor finaliza-se a história como gostaria.
Não encontramos aqui um romance, mas sim um drama muito intenso em que o sofrimento trespassa por entre as páginas, fazendo-nos pensar constantemente - e se fosse connosco, o que éramos capazes de fazer para recuperar um filho!?
Em estrelas: 4{
[Aparte...] Gosto da capa, está totalmente relacionada com a história e a predominância do verde indica-nos que também aqui a esperança é sempre a última que morre.
Parece realmente um livro muito bom. Não faz o meu género mas despertas-te a minha curiosidade.
Bom post Marta, beijinho*
Oh nha Joana, são os teus olhos!...
Foi mto dificil p mim dar a opinião sobre este livro, é mto sofrimento e angustia pela perda de uma criança, mas depois tb pensamos o q é sermos jovens, termos uma vida inteira pela frente e de repente estarmos grávidas e sem ninguém p nos amparar, esta história é um drama profundo q mexe connosco (mulheres). Daí dizer q ñ sabia o q escrever, depois dava por mim a pensar na diferença entre a atitude de outras mães ao perderem um filho, cm a mãe do Rui Pedro e a da Maddie.
Eu li e reli o q escrevi e de cada vez q lia mudava um paragrafo, até q decidi q assim nunca mais chegava lá! E foi quase sem querer q o publiquei assim, já ñ tive a mudar mais nada, mas agora ao ler outra vez, acho q ñ me consegui exprimir... =/
Brigada pelo apoio, e eu ñ te dou mais pq tenho uma net q me tira do sério e depois de fazer os meus comentários vai-se abaixo e desisto... =(
Beju GD***
Pois Marta é por estas e por outras é que dou por mim as vezes a ler fantasia. Eu sou muito sensível a estes temas que apelam tanto nossa realidade. Eu não imagino o que faria se perde-se um filho (e não tenho filhos!), mas comparando a outros parentes próximos… nem consigo imaginar! A realidade já demasiado dura para vê-la espelhada na ficção.
Nota-se que de alguma forma tentas-te embargar os teus sentimento enquanto escrevias, mas existem dores, que quando nunca as sentimos nos ultrapassam e tornam-se muito difíceis de expressar. Mas ficou ciente que esse livro retrata um dos dramas mais difíceis que se pode esperar da vida.
Beijinhos*
Bom, ñ sei se é por já me conheceres (de certa forma), ou se realmente consegui passar a msg (apesar de ter a sensação contrária), mas clarificaste bem as coisas!...
Eu entendo o teu ponto de vista em relação à fantasia, mas por mto q a ficção se cole à realidade, gosto de saber q às vezes as coisas más tb podem ter um final feliz, e acabo sempre c esperança, apesar de sofrer c os personagens, pq sinto q tenho sempre algum ponto em comum c algumas destas histórias. E, acho q é sempre uma aprendizagem, tanto em sentimentos cm em pensamentos.
;)***
É sem dúvida um livro perturbador. O facto de ninguém acreditar na Emma é angustiante porque ela consegue encontrar o filho, sabe que é ele e ninguém acredita, ninguém faz nada e ainda por cima não é levada a sério. O único apoio que que tem é do Rafe, um perfeito desconhecido com a bondade a amabilidade suficiente para a ajudar.
Quanto à capa acho que representa o momento em que Rafe encontra Charlie em França, a brincar num jardim.
São livros dificeis de ler. Quando o li, o que mais me fez pensar, foi o facto de andar por ai muitas crianças desaparecidas e que nem sempre a policia segue os caminhos certos nas investigações. Se às vezes sem baseassem mais no senso comum talvez não houve tanta criança desaparecida. Como no exemplo deste livro, o Charlie é uma criança pequena, com outro tipo de roupa, ou uma cor de cabelo diferente pode passar completamente despercebida.
Bom, nha Kikas se nós fossemos a falar daquilo q este livro nos desperta em relação ao q se passa no nosso mundo, ñ saimos daqui!...
Sim, em relação à capa tb concordo contigo, acho q tiveram mto cuidado c os pormenores, ñ encontrei erros, e acho q é um livro q vale bem o q custa.