Passatempos:

Os cães de Babel – Carolyn Parkhurst [Opinião]


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Os Cães de Babel
de Carolyn Parkhurst

Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 208
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722342155
Colecção: Grandes Narrativas

SinopseNo dia em que Lexy Ransome perde a vida ao cair da macieira do jardim de sua casa, Paul Iverson, o marido, compreende que a partir daquele momento toda a sua existência será pautada pela devastação da perda da mulher que amava. Atormentado pela dúvida quanto ao que realmente aconteceu, Paul embrenha-se numa investigação obsessiva. A única testemunha do que se passou é Lorelei, a cadela, e Paul entrega-se à tarefa de ensinar Lorelei a comunicar numa tentativa desesperada de chegar à verdade dos factos.



Ponto de Vista: Bom, livros que metam cães são quase um vício para mim, e este não foi excepção, e ao contrário de alguns que já li e que me desiludiram um pouco, este “encantou-me”…

Uma história simples, com poucos enredos e descrições, talvez seja apenas um pouco romântica (género que se está a revelar cada vez mais presente nas minhas leituras) pondo em relevo sentimentos e emoções que podemos partilhar com ou por alguém.

Fazendo um pequeno resumo para não tirar o brilho da história, esta centra-se em três personagens principais, Paul um homem na casa dos 40, divorciado e posteriormente viúvo de Lexy, a personagem que desempenha um papel fulcral na história, já que tudo gira à volta da sua vida e, consequentemente, da sua morte, que ocorre ao cair de uma macieira, por fim e em conjunto com os outros dois, surge Lorelei, uma cadela Rhodesian Ridgeback que sofreu maus tratos em pequena por parte de outras pessoas que falavam em nome da “ciência” e é o único ser que assiste à morte da dona. Nisto, Paul, linguista de profissão, rompe numa cruzada para descobrir se a morte de Lexy foi ocasional ou propositada, e para isso propõe-se a ensinar Lorelei a falar para que ela diga o que viu…

Como se espera, isso vem-se a revelar numa busca inglória, mas nesta cruzada nós percebemos o que acaba por ser mais importante, se uma explicação ou simplesmente aceitar os factos e viver a partir dai com tudo o que nos resta…

É uma leitura que nos faz pensar no valor da vida, naquilo que amamos e até que ponto conseguimos pôr em causa tudo isso por uma busca interior ou por uma explicação que não existe, por isso, para quem gosta deste género de introspecção acho que Os cães de Babel é um livro recomendado.

Em estrelas: 4{

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