Passatempos:

Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944)


.

Acaso

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. "

(Antoine de Saint-Exupéry)



Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry nasceu a 29 de Junho de 1900 em Lyon e faleceu a 31 de Julho de 1944, durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy, no Mar Mediterrâneo. Foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial.


O que nos deixou...

As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.

Mas o maior destaque vai para O Pequeno Príncipe (O Principezinho, em Portugal - 1943), romance de grande sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito e ilustrado por o próprio um ano antes da sua morte, em 1944.
O pequeno príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois activos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.

O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva a reflexão sobre a maneira de nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.


"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"

Antoine de Saint-Exupéry, in "O Principezinho"



Para mim...
Enquanto, há quem se lembre do primeiro livro que leu, eu lembro-me do primeiro que me marcou, e sem dúvida O Principezinho foi o livro que mais me marcou até hoje, não sei explicar nem como nem porquê, mas sinto que preencheu algum vazio que existia na altura em que o li...
E por isso, achei que havia de assinalar aqui os 110 anos do nascimento deste autor que recordarei sempre com muito carinho.


Fontes:

Your Reply

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Ouvindo...

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.5 Generic License