Passatempos:

Até que Ele Nos Separe - Emily Giffin [Opinião]


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Até que Ele Nos Separe
de Emily Giffin   

Edição/reimpressão: Junho de 2011
Editor: Editorial Presença
Páginas: 344
ISBN: 978-972-23-4173-8
Colecção:  Champanhe e Morangos, n.º 38

SinopseRachel White sempre foi o protótipo da «menina certinha», que fazia o que se esperava dela e se sacrificava em prol dos outros. Só que, na manhã após a festa do seu aniversário, Rachel acorda ao lado do noivo da sua melhor amiga. O mais correcto seria esquecer o que aconteceu e seguir em frente, mas, à medida que a data do casamento se aproxima, Rachel descobre que as coisas não são assim tão simples, e em breve terá de escolher entre abrir mão da felicidade ou da sua amizade mais antiga. Um romance que lança um olhar pleno de lucidez e de sensibilidade sobre as nuances que existem no amor, na amizade e na traição.



Ponto de Vista: Desta história não se podia esperar outra coisa senão uma verdadeira comédia romântica protagonizada por um triângulo amoroso, vivido por duas amigas de infância e o noivo de uma delas.

“A vida é um nunca acabar de surpresas.”

Muito ao género de um diário, entramos na vida e no próprio pensamento de Rachel White que, apesar de ter conquistado a sua independência como advogada numa empresa e de ter um bom grupo de amigos, não se considera feliz e realizada.

“O pior a respeito deste fim em particular (o da minha juventude) e deste principio (da meia-idade) é que, pela primeira vez na minha vida, me apercebo de que não sei para onde estou a ir.”

E, quando Darcy, a sua melhor amiga desde a infância, lhe prepara a festa do seu trigésimo aniversário, Rachel interroga-se relativamente ao rumo da sua vida, pois não está satisfeita com o seu emprego e, ao contrário da maioria das suas amigas, continua solteira e sem esperanças no amor. Em contrapartida, Darcy está de casamento marcado, a esbanjar alegria e beleza, e a conquistar tudo o que deseja.
Só o que ninguém imagina, é que no dia seguinte a vida de Rachel ficará voltada do avesso, pois acaba por acordar ao lado de Dex, o noivo de Darcy, e apesar de ambos quererem fingir que nada se passou, isso irá tornar-se impossível.


“A minha voz está tensa e pouco natural, o meu coração dividido entre o amor ao Dex e a amizade à Darcy. Preparo-me para o pior, embora não tenha a certeza do que pudesse ser pior: perder a minha melhor amiga ou o amor da minha vida.”

Agora o que será mais importante, o amor ou a amizade? Será Rachel capaz de se impor, pela primeira vez, a Darcy?
Aparentemente, tudo parece ser óbvio, mas posso adiantar que esta história ainda será capaz de nos surpreender.


Admito que entrei nesta leitura por mero acaso, e não estava propriamente à espera de uma história arrebatadora que me prendesse como um íman às páginas deste livro, por isso, envolvi-me sim numa leitura descontraída, por vezes cómica, e com a leveza da simplicidade, ao mesmo tempo que me fazia ponderar no peso que o amor e a amizade têm na nossa vida e do que somos capazes de fazer em prol destes dois sentimentos que, muitas vezes, são consequência um do outro.

“Quando temos um relacionamento amoroso com alguém, temos consciência de que poderá acabar. Podemos afastar-nos, encontrar outra pessoa, simplesmente desapaixonarmo-nos. Mas uma amizade não é um jogo do tudo ou nada, e, por conseguinte, partimos do princípio de que irá durar para sempre. Tomamos a sua permanência por certa, que poderá ser precisamente a razão por que nos é tão preciosa.”

Particularmente, senti uma enorme afinidade com Rachel, não por ter vivenciado alguma coisa semelhante ao que é retratado, mas pela sua personalidade, por atitudes, expressões ou pensamentos, e pela amizade que mantinha desde a infância e que a tornou numa pessoa demasiado passiva em relação à vida e, mesmo assim, incompreendida por a maioria daqueles que a rodeiam. É assustador pegar numa história protagonizada por personagens que nos retratam de uma forma quase fiel e que nos leva a interrogar sobre quem as construiu, se o nosso pensamento ou o próprio autor.

Este é o livro perfeito para quem aprecia o típico romance de amores e desamores em que o sentimento comanda a acção, ou para quem procura simplesmente um livro para ler em tempo de férias que tenha uma história simples e bem-disposta.

Agora, a mim, resta-me ver o filme que me parece não ser muito infiel ao livro…



Em estrelas: +3¸.•☆


Passando por outras páginas...

5 Responses to “Até que Ele Nos Separe - Emily Giffin [Opinião]”

  1. Rita says:

    Olá Marta!

    Parece ser um livro leve, óptimo para passar algumas horas descontraídas, com alguma paixão e algum humor. Gostei bastante da tua opinião e irei lê-lo, certamente. :)

    Beijinhos.

  2. Oh Rita, tens sempre uma palavra de incentivo, mas escrever uma opinião p mim está-se a tornar cada mais dificil, pois tenho receio de induzir as pessoas em erro...

    Mas em relação a este livro, dei 3 estrelas apenas pq ñ sou a maior adepta do género, msm assim achei, sem dúvida, uma leitura mto descontraida e nada maçuda, pois até poderia ter achado "um frete" o q ñ foi msm o caso.
    Se gostas deste género de comédia romântica e do trailer do filme, então deves ler sim! ;)

    Bjinhu**

  3. Rita says:

    Compreendo-te perfeitamente. Ainda recentemente me perguntaram se aconselhava uma saga e eu acabei por dizer que sim, mas tenho sempre receio de incutir a pessoa em erro, tendo em conta os seus gostos literários... Em relação a mim não precisas de ter esses receios, ele já me parecia interessante e pela tua opinião e citações parece que o é realmente. Irei experimentar...

    Penso que nunca li um livro nesses contornos, mas em termos de filmes, é dos géneros que mais gosto. Portanto acredito na tua opinião. :)

    Beijinhos.

  4. Clarinda says:

    Duas pessoas, dois percursos de vida, duas entidades culturais diferentes, duas opiniões diferentes.
    A opinião sobre algo até depende do momento em que ela acontece, logo é apenas uma orientação, cada leitor segue o seu próprio caminho.

  5. Clarinda,
    Em duas frases disseste tudo! É certo que uma opinião depende principalmente 'do momento em que ela acontece', pois o nosso estado de espírito varia e isso vai-se fazer sentir no livro que lemos na altura e, consequentemente, na opinião que vamos ter sobre ele.
    Acho que para nos guiarmos pela opinião de alguém devemos comprovar que os gostos são realmente semelhantes aí será dificil ficarmos desiludidos com a escolha.

    Obrigada pelo comentário, são eles que fazem um post ser útil, pela partilha de ideias que eles criam.

    ;)***

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